Mariana Ponciano Ribeiro Rennó e Nataly Souza Silva

DESAFIOS EDUCACIONAIS: ENSINO REMOTO E A SEXUALIDADE FEMININA NA AMÉRICA PORTUGUESA

  

O presente texto tem por finalidade socializar a experiência do Estágio Supervisionado Obrigatório vinculado ao Programa Residência Pedagógica, financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) realizado no ano de 2020. Será abordado, em específico, o desenvolvimento de uma sequência didática enquanto regência aplicada pelos alunos do último ano do curso de História da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), campus Jacarezinho/PR. Serão evidenciados os desafios encontrados durante esse processo, como o Ensino Remoto imposto devido à pandemia da COVID-19, as novas tecnologias e plataformas como recursos metodológicos e a temática de caráter sensível, que foi abordada. 

 

Segundo Lima e Pimenta (2012, p.34) “O estágio se torna uma atividade investigativa que a partir da intervenção no cotidiano escolar promove uma reflexão por parte dos alunos, professores e da sociedade”. Entretanto, devido à pandemia do COVID-19, nosso processo investigativo tornou-se prejudicado, e não foi possível conhecer o espaço escolar físico. Todavia, enfrentando esse desafio imposto por fator externo de calamidade pública, fez-se necessário ampliar as lentes da investigação para um novo ambiente, em suma aqueles ofertados pelo Google de forma gratuita, os tão mencionados nesse ano que se passou: Google Meet, Google Sala de Aula, Google Drive e Formulário do Google.

 

Nessa perspectiva é interessante mencionar Silva (2001), que compreendem a Internet como um potencial democrático devido a sua constituição como um espaço antropológico. Essa consideração se evidencia diante desse novo cenário, no qual a internet vem desempenhando um papel fundamental para a manutenção das relações sociais, onde inserem as de trabalho, entretenimento e escolar.

 

Frente a essa realidade, o estágio foi realizado no Instituto Federal do Paraná, campus Jacarezinho, aplicando a intervenção para os cursos sequenciais de técnico em alimentos, técnico em elétrica, técnico em informática, técnico em eletromecânica e técnico em mecânica, que estavam divididos em duas turmas (turma A e turma B), sob a Unidade Curricular (UC): “Brasil Colonial: Política, Economia, Cultura e Sociedade”, que já havia sendo desenvolvida pelo professor preceptor. Aplicamos dentro dessa UC um recorte que versou sobre a “Sexualidade Feminina no Brasil Colonial”.  A intervenção foi desenvolvida em um grupo que constava com três residentes, focando sobre a questão do gênero, desenvolvendo-a em três momentos, divididos em Sexualidade no Contemporâneo; Sexualidade no Brasil Colonial; e Sexualidade no Brasil Colonial: um recorte racial.

 

A escolha do tema central ocorreu devido a emergência para a superação de padrões repressivos da sociedade organizada pelo sexismo institucional. Já a escolha da abordagem “sexualidade feminina no Brasil Colonial”, ocorreu pelo fato de existirem permanências patriarcais, racistas, eurocêntricas e capitalistas na sociedade, sendo primordial elucidá-las, propiciando críticas e reflexões. Carneiro (apud Linhares 2005, p.23) evidencia tal permanência ao dizer que: “O que poderia ser considerado histórias ou lembranças do período colonial permanecem vivas no imaginário social e adquirem novas roupagens e funções em uma ordem social supostamente democrática [...]”.

 

As intervenções desenvolveram-se buscando os seguintes objetivos: apresentar a sexualidade no Brasil Colonial; compreender a objetificação e hiperssexualização feminina; questionar o sistema patriarcal; apresentar o debate racial; desconstruir estereótipos; enfatizar o respeito e a valorização dos corpos negros; problematizar permanências e resistências; ressignificar a sexualidade feminina.

 

Para efeito, dividíamos em três momentos que serão descritos a seguir. A primeira intervenção síncrona versou sobre a Sexualidade Feminina nos dias atuais, de forma interativa buscamos dar significado a temática, trazendo o aluno pro polo ativo da construção histórica. Nessa aula compartilhamos experiências do dia a dia sobre essa opressão de gênero, exemplificamos sobre problemáticas envolvendo vestimentas, utilizamos memes e termos como o famoso “Bela, Recatada e do Lar”, e problematizamos a temática junto aos alunos. Para sustentar esse debate, utilizamos da ferramenta Formulário do Google, pois por meio de perguntas estabelecíamos um diagnóstico dos conhecimentos prévios dos estudantes.

 

Na segunda intervenção síncrona foi enfocado sobre a Sexualidade Feminina no Brasil Colonial, de modo amplo, subtendido com destaque nas mulheres brancas, partindo da questão problema: “Onde encontravam-se a mulher na estrutura do Brasil Colônia?” Assim, foi frisado o recorte histórico temporal do conteúdo, e a partir disso refletido sobre as permanências dessa estrutura patriarcal. Em seguida, enfocamos o papel da mulher na estrutura colonial e os meios, tais como a tríade: Igreja, Estado, e a Moral, que desenvolveram mecanismos de repressão para, como indica, Emanuel Araújo (2018), “Domar a megera”. Neste momento utilizamos como fonte alguns poemas do importante poeta barroco do século XVII, Gregório de Matos, popularmente conhecido como Boca do Inferno. Por fim, apresentamos e discutimos as possibilidades do período para que as mulheres pudessem exprimir sua sexualidade diante de tanta repressão, a partir de uma perspectiva cultural, como: as festas, as vestimentas e práticas sexuais, como a sodomia.

 

Por fim, a sequência didática se encerra no formato assíncrono, utilizando como ferramenta metodológica o PODCAST. Nesse momento é feito um necessário recorte racial, dentro do mesmo período e da mesma temática. Intitulado “Sexualidade Feminina no Brasil Colonial: um recorte racial”. O objetivo primordial dessa intervenção foi problematizar ainda a desigualdade e opressão de raça que atravessam as mulheres negras para além da repressão sexista. Portanto, partiu-se da questão problema: “E as mulheres negras? Onde encontravam-se nessa estrutura?”. A partir disso, buscamos refletir sobre a existência, ou inexistência de Divisão Sexual entre mulheres negras e homens negros em diferentes contextos do período, sendo esses: Trabalho; Resistência; e Opressão. Retomamos ao poeta Gregório de Matos e seu poema intitulado: “A carne e o espírito”, para questionar a objetificação e hiperssexualização dos corpos negros e o mito da mulher negra “depravada”. Agregamos a esta discussão a personalidade da Escrava Anastácia, como um objeto de estudo que sintetizou toda a discussão desenvolvida ao longo da intervenção, uma vez que se trata de uma escrava brasileira, brutalmente violentada, que resistiu bravamente mesmo com uma mordaça de ferro em seu rosto. Ainda nesse podcast, reafirmamos a existência de “Permanências e Resistências” do movimento negro, e trabalhamos quanto a dualidade do empoderamento e do racismo, através de multimídias, principalmente, músicas e videoclipes. Finalizando a sequência didática com a ponte presente, passado e presente.

 

Durante as intervenções, buscamos o reconhecimento dos estudantes do ensino médio como sujeitos ativos do processo histórico. Assim, no início e no final das intervenções aplicamos avaliações diagnósticas que aferiram o grau de interesse dos alunos pela temática e a atribuição de significado ao conteúdo apresentado. Para tanto, desenvolvemos questões que abordavam o dia a dia dos alunos, provocando-os a refletir sobre permanências do racismo e sexismo. Nesse momento, buscamos a participação dos alunos, e instigamos essa participação desenvolvendo questões criativas, com o auxílio de ‘memes’, por exemplo, como forma de buscar empatia na cultura midiática conhecida pelos estudantes jovens e adolescentes. Como apontado por Silva (2019, p. 176): “Em uma época em que estudantes estão cada vez mais familiarizados com esse tipo de linguagem, o uso da mesma para assimilar conteúdo representa uma válida iniciativa como maneira de trazer professores e alunos a uma linguagem digital comum”. Com o resultado do formulário diagnóstico foi possível traçar a melhor estratégia para alcançar os objetivos da aula. 

 

Foi aplicada no final das intervenções uma atividade avaliativa, desenvolvida para aliar a criatividade e a criticidade, em consonância as atividades de avaliação propostas pelo professor preceptor da Unidade Curricular. Foi pedida uma atividade na qual o aluno deveria descrever, em um formato de poema, as mulheres de seu tempo, já que como fonte histórica principal utilizamos os poemas de Gregório de Matos, que descreveu as mulheres de seu tempo, a partir de seu ponto de vista. As respostas das atividades foram satisfatórias, pois recebemos 39 atividades, ultrapassando a média das nossas interações virtuais, que não ultrapassavam um total de 15 estudantes presentes nas aulas síncronas. As avaliações apresentaram de forma criativa a necessidade de empoderamento e valorização das mulheres nos dias atuais, sempre mencionando pontos abordados nas intervenções. A partir da atividade verificamos que os objetivos pressupostos foram alcançados.

 

Contudo, a experiência de estágio remoto, evidenciou a já sabida, importância do ensino presencial, fato inegável. Pois, o espaço escolar desempenha também uma função social que é importante para o processo de ensino-aprendizagem. Palú (2020, p. 101) aponta criticamente:

 

“[...] esse espaço não pode ser substituído por plataformas digitais, principalmente associadas aos interesses neoliberais, mercantis cujos valores não são a educação que promove a emancipação humana, uma educação de qualidade social. O ensino remoto deve ser uma ferramenta a ser utilizada somente em momentos de exceções na educação básica, como o atual.” (PALÚ, 2020, p.101)

 

No mesmo sentido, temos a metáfora de Mike Davis (2020, p. 5) “A Caixa de Pandora está aberta, e o nosso implacável sistema econômico está tornando tudo muito pior.”, que sendo interpretada no que diz respeito a educação é importante ressaltar que a desigualdade social representa a maior dificuldade na qual os professores e estagiários se deparam, atualmente, e tentam “manobrar”.

 

Todavia, com as dificuldades e os contratempos que o ano de 2020 enfrentou no sistema educacional, o Residência Pedagógica se comprometeu em ser realizado, agregando ao nosso currículo a experiência que consolidou-se como única. Portanto, os residentes, os orientadores e o professor preceptor, pensaram conjuntamente em reuniões de orientação nas possíveis metodologias alternativas e estratégicas para inserção no contexto, sempre pensando no melhor interesse do aluno e do processo de aprendizagem.

 

Com isso, ao trabalharmos coletivamente em ações de intervenção pedagógicas nas aulas de História destinadas ao Ensino Médio auxiliamos os estudantes a compreenderem historicamente a sociedade na qual estão inseridos, ajudando-os a transformar sua realidade conscientemente. A educação é sempre intencional, para tal, Moreno (2021) aponta que devemos promover atividades teórico-metodológicas inteligentes, que fujam do simplismo e abalem idéias concebidas, superando o autoritarismo. O autor nos ressalta que: “(...) ensinar a pensar historicamente não formará pessoas que têm exatamente o mesmo posicionamento político que o nosso, mas poderá possibilitar que cada um reflita sobre suas atitudes, entendendo melhor a sua sociedade e a responsabilidade que tem perante ela”. (2021, p. 34).

           

Foram muitas as dificuldades que encontramos diante desse contexto pandêmico e o ensino remoto, desde a mudança nas metodologias até a ausência de estudantes nas aulas online por diversos motivos. Mas um fator que se destacou foi o uso da internet como um novo espaço antropológico, este que potencializa novas interações e emerge com novas discussões, como apontado por Silva (2001, p. 153): “Nestes novos espaços sociais geram-se novas solidariedades, novos excluídos, novos mecanismos de participação, novas formas de democracia, de negociação, de decisão, de cooperação, de afetividade, de intimidade, de sociabilidade que potenciam a emergência de sujeitos coletivos ou de inteligências coletivas conectivas.”

 

Mas esse espaço antropológico acaba que não oferecendo uma análise completa sobre o ensino-aprendizagem dos estudantes e a eficácia das novas práticas pedagógica propostas, por conta da ausência dos estudantes em muitos dos espaços metodológicos utilizados. Outro fator que evidencia uma problemática nesse espaço antropológico foi o déficit de políticas públicas na formação do professor, denunciada no inicio das adequações dos calendários escolares do ano de 2020 para o ensino remoto, pois a maioria não estava preparada pra esse tipo de ensino (PALÚ, 2020, p. 94). Desse modo, Cordeiro (2020, p. 10) aponta que “(...) nem todos os educadores brasileiros, tiveram formação adequada para lidarem com essas novas ferramentas digitais, precisam reinventar e reaprender novas maneiras de ensinar e de aprender”.

 

Em contrapartida as dificuldades expostas, a experiência do Instituto Federal do Paraná, foram produtivas e recompensadoras para nossa formação como licenciadas em História. Essa qualidade emerge devido ao Projeto Escolar de currículo inovador aplicado. Esse currículo está de encontro com o currículo flexível, que por intermédio da criação de Unidades Curriculares diversas, ocorre o desengessamento do currículo tradicional, promovendo um ensino de qualidade crítica e dinâmica distante da ótica “vestibulanda”.  

 

Felizmente, a experiência permitiu crescimento profissional, frente a um novo leque de opções metodológicas e curriculares pelo qual nos deparamos desenvolvendo o projeto desde 2020 até o presente momento. Ainda, vale frisar que a experiência se deu de forma gratificante, sendo possível, alcançar os objetivos planejados para a aula. Percebemos que ao posicionarmos e exigirmos criticidade no estudo da história na sala de aula, mesmo que virtual, e conseguir efetivar a ponte “presente/passado/presente”, remetendo o conteúdo para a realidade dos alunos, mais positivo será o processo de aprendizagem.

 

Para finalizar, é necessário reconhecer que nosso país ainda está longe de um cenário ideal de educação com base no ensino remoto, dado que muitas escolas e alunos enfrentam dificuldades sobre a conectividade e que o acesso a recursos tecnológicos acaba se tornando privilégio apenas a algumas classes sociais, bem como as metodologias e didáticas são um novo contexto que nem sempre faz parte da realidade de todos os professores, que estão tentando se adaptar. Porém, nem sempre isso se torna possível pela complexidade da nova situação ou por falta de investimentos/recursos educacionais.

 

Referências biográficas

 

Mariana Ponciano Ribeiro Rennó, graduanda de História pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), campus Jacarezinho-PR.

 

Nataly Souza Silva, graduanda de História pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), campus Jacarezinho-PR.

 

Referências bibliográficas

 

ARAUJO, E. A arte da sedução: sexualidade feminina na Colônia. In. DEL PRIORE, Mary. História das Mulheres no Brasil. São Paulo: ed Contexto, 2018. p. 45-78.

 

CORDEIRO, Karolina Maria de Araújo. O Impacto da Pandemia na Educação: A utilização da tecnologia como ferramenta de ensino. 2020. Disponível em: http://repositorio.idaam.edu.br/jspui/bitstream/prefix/1157/1/O%20IMPACTO%20DA%20PANDEMIA%20NA%20EDUCAÇÃO%20A%20UTILIZAÇÃO%20DA%20TECNOLOGIA%20COMO%20FERRAMENTA%20DE%20ENSINO.pdf. Acesso em: 28 mar. 2021.

 

HARVEY, David et al. Coronavírus e a Luta de Classe. Brasil: Ed. Terra Sem Amos, 2020.

 

LINHARES, Kleiton. O corpo da mulher negra: A dualidade entre o prazer e o trabalho. Universidade Estadual de Maringá: Simpósio Internacional de Educação Sexual. 2015. Disponível em: <http://www.sies.uem.br/trabalhos/2015/623.pdf>. Acesso em: 23 de nov. 2020.

 

MORENO, J. C. Pensar a História Escolar, Desafios e propostas. In: RIBEIRO, Jackson dos Santos (org). O ensino de história local na sala de aula: fontes objetos e metodologias. Ponta Grossa: Atena, 2021. p. 30-43.

 

PALÚ, J. A crise do capitalismo, a pandemia e a educação pública brasileira: reflexões e percepções. MAYER, Leandro; PALÚ, J; SCHUTZ, J. A (org). Desafios da educação em tempos de pandemia. Cruz Alta: Ilustração, 2020. p. 87 – 106.

 

PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência. São Paulo: Cortez, 2012.

 

SILVA, Diego L. S. Os memes como suporte pedagógico no Ensino de História. Periferia, v. 11, n. 1, p. 162-178, jan./abr. 2019.

 

SILVA, Lídia O. A internet – a geração de um novo espaço antropológico. In: LEMOS, A.; PALACIOS, M. (orgs). Janelas do Ciberespaço. Porto Alegre: Editora Sulina, 2001. p. 151 – 171.


4 comentários:

  1. Marco Antonio Stancik26 de maio de 2021 às 11:08

    Parabéns, Mariana e Nataly, pelo excelente trabalho!
    Concordo plenamente com a proposição segundo a qual o ensino remoto somente deve ser adotado em situações excepcionais. O texto encaminhado deixa evidente o cuidado de ambas na condução das atividades. Contudo, alguns aspectos tendem a ser, por vezes, apontados como limitações naquilo que se refere à aprendizagem. Assim, gostaria que, se possível, comentassem mais se houve algum tipo de verificação com os alunos em relação à produção apresentada como atividade final, no caso, a produção do poema.
    Grato!
    Marco Antonio Stancik

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    1. Muito obrigada pelos apontamentos Marco.
      Respondendo sua pergunta, devido ao cenário nacional e o ensino remoto havia pouca participação quantitativa nas aulas em que intervimos. Entretanto, como relatamos, tivemos bastante adesão para responder a atividade final. Pudemos perceber com as respostas, dois pontos correlacionados que valem serem destacados, esses pontos tratam de que apesar de parcela dos alunos que responderam a atividade não terem assistido as aulas de modo sincronas, apontaram no desenvolvimento de seu poema caracteres debatidos em aula e no nosso material didático, como a mulher em variadas facetas, as opressões cotidianas, a violência contra a mulher, as vestimentas e as músicas. Com isso, percebemos que para além do processo de criatividade para o desenvolvimento de atividade foi produzido pensamento sociocrítico e histórico acerca da temática.

      Mariana Ponciano Ribeiro Rennó e
      Nataly Souza Silva.

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  2. Considerando que vivemos em um país que ainda comporta certo preconceito e desigualdade para com a figura feminina, qual foi o ponto mais difícil de trabalhar a respeito da sexualidade feminina? De tocar e fazer com que o aluno compreendesse seu propósito, vindo a repensar questões do dia-a-dia? Considerando ainda o cenário atual em que o ensino se dá de maneira remota, implicando em desvios de atenção, desmotivação e problemas decorrentes da comunicação.
    Luana Kulicz

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    1. Olá Luana.
      Nós destacamos como dificuldade os tabus que permeiam a temática, e estão postos para os alunos, colocando sob a opressão de gênero o véu da normalidade social.
      Diante dessa questão, buscamos interagir com a cultura midiática dos alunos utilizando de memes, por exemplo, agregando-a para o ensino de história, e objetivando a conscientização. Interessante se faz pontuar que por se tratar de uma questão, com repercussão atual, a aula em alguns momentos propícios se deu em tom de conversas, facilitando a comunicação com os jovens inseridos na sociedade machista. Esses recursos supracitados foram os mecanismos que encontramos, para trabalhar uma temática que por si só, já apresenta algumas dificuldades, em tempos de pandemia e ensino remoto.

      Mariana Ponciano Ribeiro Rennó e Nataly Souza Silva.

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