Leandro Cordeiro da Silva

 EDUCAÇÃO E GÊNERO: SUJEITOS E SUAS REALIDADES

  

Na atual conjuntura brasileira, as universidades, as escolas e as demais instituições de ensino estão profundamente marcadas por grandes desigualdades sociais. Nesse contexto, essas diversidades são distinguidas pela cor da pele, pela cultura, pela origem, pela classe social, pela identidade de gênero, pela sexualidade, entre outros marcadores sociais. A prática do preconceito e da discriminação em instituições laicas e para todos acaba por acarretar para os alunos e alunas, não apenas o difícil acesso à educação, mas também sua permanência tanto no nível médio como no superior. Evidentemente os mais atingidos/as são os alunos e alunas que pertencem aos grupos de sujeitos marginalizados pela sociedade.

 

Segundo Miguel Arroyo (2011, p147), “são sujeitos de história, culturas, valores e conhecimentos e exigem reconhecimentos.”. Por muito tempo a pluralidade dos sujeitos foi ocultada pelos currículos de formação docente deixando essa complexa diversidade ficar à margem sob um termo de uma identidade genérica, a identidade escola e o famoso termo “aluno”. E como sujeitos exigem direitos ao reconhecimento, sabendo que lhe são garantidos em diversos e diferentes espaços; mas ainda nos encontramos numa sociedade de grande conservadorismo, mesmo nomeada por muitos de sociedade liberal. Partindo desse pressuposto as escolas reconhecem esses sujeitos, mas nunca na plena forma de igualdade, fazendo com que esses sujeitos plurais permaneçam na forma de submissão perante a sociedade.

 

Segundo Sousa Santos citado por Arroyo (2011, p.149), “todos os conhecimentos sustentam práticas e constituem sujeitos”, então se houvesse o reconhecimento dessa rica diversidade de sujeitos plurais os currículos também seriam enriquecidos, fazendo com que o modelo arcaico e conservador fosse quebrado. Ao trazer os sujeitos marginalizados pela sociedade para os currículos isso aproximará cada vez mais mestres/as e alunos/as, promovendo a troca de saberes e experiências, o aprender e o ensinar e o respeitar das realidades dos diferentes sujeitos que compõem a escola e não só de realidades distantes e abstratas.

 

Quando nos referimos à educação em gênero, o movimento LGBTQI+ nos traz uma grande problematização, e para entendermos melhor devemos saber que esse movimento, é formado por um grupo de indivíduos que não estão inseridos na cultura sexual e de gênero dominante (os homens e mulheres Cis Heterossexuais). A sigla representa os sujeitos pertencentes a esse determinado grupo (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transgêneros, Queers, Intersexuais e o sinal de +, engloba os assexuais, pansexuais, binários, não binários, entre outros).

 

Na cultura opressora e preconceituosa, propagada pela sociedade conservadora em que vivemos, se faz difícil o indivíduo compartilhar de diferentes valores; a visibilidade da comunidade LGBTQI+ está aumentando, e mesmo assim ainda vemos com frequência inúmeros casos de violência, agressões físicas e psicológicas, além de inúmeras mortes por dia. Esse movimento foi criado para lutar por diversas causas, entre elas estão o direito ao casamento homoafetivo, à adoção, à igualdade na questão de dignidade no mercado de trabalho e possibilidade de ocupar diferentes espaços, entre outras coisas, dando ênfase ao famoso reconhecimento.

 

As três principais instituições que compõem a sociedade têm por si só a própria disseminação do preconceito e do ódio aos sujeitos plurais, são elas: as instituições de ensino, a igreja e a família. Todos sabemos que as escolas têm um papel fundamental em nossa sociedade, são dos mais importantes espaços de formação para cidadania e de socialização de crianças e adolescentes. Porém, um grande problema que se encontra nelas é a dificuldade de lidar com a diferença existente em nossa sociedade, principalmente aquelas ligadas à sexualidade e ao gênero. Essa dificuldade é extremamente prejudicial, pois acarreta problemas como bullying e atrapalha na formação, no ensino e na aprendizagem dos alunos e alunas, sem dizer na dificuldade do fortalecimento de uma sociedade em que a cultura da diversidade seja respeitada e valorizada.

 

Uma pesquisa feita pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP) atendendo ao pedido do Ministério da Educação (2009),  mostra que os/as homossexuais negros/as e pobres são as principais vítimas de bullying e discriminação no ambiente escolar. Nessa pesquisa a FIPE, mostrou que grande parte da discriminação e preconceito no âmbito escolar é contra a comunidade LGBT, negros/as e pobres, tendo um percentual de 40%. Isso leva as minorias a terem que enfrentar dificuldades cotidianamente precisando lutar contra o preconceito em um ambiente que a princípio deveria ser agradável e de acolhimento, um lugar de bem estar e de constituição de saberes e laços de amizade.

 

Uma boa forma de combate à discriminação e preconceito no ambiente escolar é a inclusão de trabalhos sobre identidade de gênero, identidade social, e sexualidade. A inclusão desses trabalhos pode ser dar na forma de rodas de conversas e palestras, ressaltando que isoladamente não cumpre uma suficiência, embora possamos a configurar como um grande passo, levando em consideração o grande tabu ao ser tratar desses temas nas instituições escolares do nosso país. Trazemos em grande ênfase que o ideal seria a ocorrência de uma reconfiguração dos currículos para que esses componentes façam parte obrigatória das disciplinas escolares. O acompanhamento psicológico nas escolas, também se faz de grande valia nesse combate a discriminação de gênero, assim como a diversas outras ações discriminatórias que ocorrem no ambiente escolar, fazendo com que os alunos sanem suas dúvidas sobre a sua própria identidade e passem a olhar as diferenças com respeito.

 

Todos/as sabemos que a ação proativa de professores/as, gestores/as e diretores/as das instituições escolares pode contribuir para a redução da homofobia e até melhorar o clima escolar. Para combater o preconceito e a discriminação de gênero e sexualidade, o governo federal nos anos dos governos do PT (Partido dos Trabalhadores) teve como iniciativa investir na produção de ações e materiais didáticos voltados à formação docente. O projeto ‘Escola sem homofobia’ (BRASIL, 2009) que causou na sociedade uma enorme problematização também ficou conhecido pejorativamente como o kit gay e foi vetado em 2011. 

 

Ressalto que a instituição escolar é um espaço privilegiado, na qual sujeitos às margens da sociedade e que nela sofrem, precisam sentir-se seguros e acolhidos. E em relação ao que diz respeito ao material didático educativo do projeto “Escola sem homofobia”, que apelidaram de forma pejorativa como “Kit gay“, ele tinha como objetivo problematizar relações dos alunos e alunas, uns/umas com os/as outros/as para tentarmos discutir e solucionar o problema de uma falta e de uma dificuldade de combate à homofobia nas escolas, assim também trazendo abordagens e reflexões acerca de sexualidade e Gênero no contexto educacional. 

 

Denominado como “kit gay” pelo atual governo Bolsonaro, o projeto “Escola sem homofobia”, foi pensado e teve início através de um programa que visava combater a violência contra LGBT+ nas escolas. A criação do projeto e toda articulação percorreu o governo do PT, desde o ano de 2004. Embora toda importância e relevância desse projeto que poderia impactar positivamente as vidas dos alunos e alunas, sujeitos sendo eles marginalizados ou não; em 2011, o projeto foi barrado e depois suspenso pelos representantes conservadores do Congresso Nacional que tinham como premissa que o conteúdo presente no projeto estimularia o “homossexualismo” – cabe aqui ressaltar que o uso desse termo em lugar de ‘homossexualidade’ já demonstra desconhecimento e preconceito das pessoas envolvidas na crítica à proposta educacional inclusiva.

 

Quando se levanta o discurso sobre o projeto ‘Escola sem homofobia’, as duas narrativas de análise obtidas são opostas, uma com discurso favorável e coeso aos conteúdos abordados no projeto e do outro lado, uma narrativa conservadora da desinformação, preconceito e de um jogo político. O projeto seria de grande valia ao levar a discussão de gênero e sexualidade para as escolas, pois para além de ajudar os alunos e alunas a se identificarem como sujeitos com direito à dignidade, poderia também combater as injustiças criadas a partir de uma supremacia heterossexual. O projeto se tornou um jogo político usado nas campanhas eleitorais pela extrema direita contra os candidatos ou os partidos de esquerda, principalmente os vinculados ao partido PT. Nas campanhas, de forma errada e maliciosa, dissimularam que o projeto iria ensinar seus filhos e filhas a serem homossexuais, e levando em consideração a sociedade patriarcal, homofóbica e machista existente, tal afirmativa causou grande alvoroço.

 

O ‘Caderno Escola sem Homofobia’ está disponível no site Nova Escola (SOARES, 2015). É importante conhecê-lo para compreender a proposta de educação inclusiva nele presente. O material é composto por três capítulos, no primeiro explicita os conceitos de gênero, diversidade sexual e homofobia, apresentando também as lutas pela cidadania LGBT. No segundo capítulo, apresenta reflexões sobre a homofobia no contexto escolar, refletindo sobre práticas escolares e currículo. No terceiro, aborda a diversidade na escola promovendo o pensar sobre uma escola sem homofobia.

 

O Plano Nacional de Educação (PNE, 2011) deveria referenciar a promoção da igualdade de gênero, racial, regional e de sexualidade. Porém, tramitando no Congresso Nacional, as mudanças que compuseram e escrita da versão final preconizam a promoção de cidadania e a erradicação de todas as formas de discriminação de maneira genérica, retirando termos como gênero e sexualidade do texto, o que promoveu também as alterações nas referências em planos estaduais e municipais de educação. Dos 23 estados brasileiros, 10 não mencionaram a questão de identidade de gênero e/ou sexualidade em seus planos. (Aprendizagem Em Foco, 2016)

 

As publicações infanto-juvenis de importância para as políticas anti homofóbicas e anti discriminação de gênero, poderiam tornar a sala de aula um lugar seguro, onde os alunos e alunas poderiam se expressar sem sentir que seriam maltratados por serem quem são. É importante ressaltar que as escolas devem abordar situações de desigualdade no ambiente escolar e criar condições de igualdade, sem procurar estereotipar as crianças que são diversas, respeitando-as. Reproduzir uma cena de falsa igualdade só silencia e mascara as desigualdades em nome de supostas normalidades.

         

Gênero também deveria ser uma categoria de estudo a ser incorporada nos currículos e, visando a sua importância na sociedade como crítica e reflexiva e na ciência como forma de pesquisa e análise. Já em relação à realidade das universidades, a autora Joana Maria Pedro (2005), escreve sobre a entrada da categoria de análise “gênero”, como uma de várias narrativas a se estudar na história. Essa narrativa permite compreender que os pesquisadores e pesquisadoras nos estudos de gênero observam as relações entre homens e mulheres analisando a diferença em seus contextos históricos diversos. Tais reflexões devem também ganhar o espaço escolar.

         

Referente à importância desta narrativa o campo da história faz o movimento de trazer uma imersão ao passado oferecendo essa nova perspectiva das questões velhas (um novo olhar sobre a história, de uma nova narrativa); tornar as mulheres e outros sujeitos visíveis na história, assim como tudo que engloba o conceito de gênero, estabelece uma distância analítica entre a linguagem fixada no passado e a própria terminologia, tanto nas instâncias política, social, histórica, econômica e principalmente de poder. Esse novo olhar de pensar a história, assim como a inserção dessas discussões dentro dos currículos escolares, nos abre possibilidades para a reflexão sobre as estratégias políticas do tempo presente (feminismo, Movimento LGBTQI+, Queers, entre outros) e um futuro de utopia.

 

Referências biográficas:

 

Leandro Cordeiro da Silva é graduando em História pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, campus de Nova Andradina e bolsista PIBID – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência.

 

Referências bibliográficas:

 

APRENDIZAGEM EM FOCO. Silêncio da escola em relação à diversidade sexual prejudica a todos. São Paulo, SP: Instituto Unibanco, n.11, mai. 2016. Disponível em: https://www.institutounibanco.org.br/aprendizagem-em-foco/11/index.html. Acessado em: 13/04/2021.

 

ARROYO, Miguel. A emergência dos sujeitos na sociedade e na escola. IN: ARROYO, Miguel. Currículo, território em disputa. 5 ed. Petrópolis,RJ: Vozes, 2013.

 

BRASIL. Caderno Escola sem Homofobia. Brasil sem Homofobia – Programa de Combate à Violência e à Discriminação contra LGBT e Promoção da Cidadania Homossexual. Brasília: Ministério da Educação, 2009. Disponível em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/bGjtqbyAxV88KSj5FGExAhHNjzPvYs2V8ZuQd3TMGj2hHeySJ6cuAr5ggvfw/escola-sem-homofobia-mec.pdf. Acessado em: 13/04/2021.

 

BRASIL. Ministério da Educação – MEC, Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais – INEP. Projeto de estudo sobre ações discriminatórias nome escolar, organizadas de acordo com áreas temáticas, a saber, étnico-racial, gênero, geracional, territorial, necessidades especiais, Sócio econômica e orientação sexual. Produto 07. Relatório analítico final. Coordenador responsável: MAZZON, José Afonso. São Paulo, maio de 2019.

 

Orientação Técnica Internacional sobre Educação em Sexualidade (2010). Unesco: bit.ly/Orientacao_ Unesco_sexualidade 

 

PEDRO, Joana Maria. Traduzindo o debate: o uso da categoria gênero na pesquisa histórica. História, São Paulo, v. 24, N. 1, p. 77-98, 2005.

 

Pesquisa Nacional Diversidade na Escola (2009). MEC e Fipe/USP: bit.ly/ pesquisaDiversidadeEscola.

 

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria de análise histórica. Educação e Realidade, Porto Alegre, 16(2): 5-22, jul/dez. 1990. 

 

SOARES, Wellington. Conheça o “kit gay” vetado pelo governo federal em 2011. Nova Escola, 01 de fevereiro de 2015. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/84/conheca-o-kit-gay-vetado-pelo-governo-federal-em-2011. Acessado em 27/04/2021.

55 comentários:

  1. Olá, Leandro! Adorei seu artigo.
    Gostaria de saber o seu posicionamento a respeito da disciplina de gênero nas grades das diferentes licenciaturas. Sabe-se que não é uma realidade a disciplina de gênero nas licenciaturas, com algumas exceções, porém, nem sempre com a compreensão dos motivos e importância de estudar gênero. Em muitos casos os/as professores/as não receberam (e ainda não recebem) uma preparação pensada para entender os múltiplos sujeitos que estão no espaço educacional, e isso reproduz um cenário de invisibilidade e opressão nas escolas. Neste sentido, a disciplina gênero nas licenciaturas contribuiria muito. Quais outras alternativas poderíamos pensar na formação docente para contribuir no processo de construção de um espaço educacional mais inclusivo?

    Obrigado

    Marcos Antonio Leite Junior

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    1. Olá Marcos? Como você mesmo disse em relação a discussão e estudo de gênero isso se faz bem recente, comparada as outras linhas de pesquisas e abordagens na história. Entretanto apesar de ser um tema bastante discutido na sociedade -"gênero e sexualidade"-mas também ainda vemos certos "tabus" em relação a sua presença nos currículos escolares; porém ao introduzir essas abordagens dos currículos devem se preparar o professor desde sua formação, e para os que já estão formados e atuando na área é de grande valia cursos e discussões de como trabalhar, metodologia e didática através da formação continuada na qual lhe são oferecidas pela própria instituição que trabalha.

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  2. Em primeiro lugar, parabéns pelo trabalho Leandro!
    Em segundo lugar, refletindo seu trabalho e a importância dele e da reflexão sobre gênero e sexualidade dentro do ensino de história, gostaria de propor um questionamento com propósito de despertar, ou ao menos tentar, o interesse dos alunos e das alunas pelo debate de gênero e sexualidade na aprendizagem de história. Como exemplo de, referenciado em pesquisas científicas apontar sujeitos históricos analisados durante a educação básica que poderiam ser inseridos na sigla LGBTqi+ ou dentro da concepção “feminista”.
    Muito obrigada, com carinho

    Mathilda Souza Martins.

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    1. Olá Mathilda, uma reflexão muito interessante. Dentro das concepções citadas por você, alguns sujeitos históricos podem ser inseridos em ambas, visto que elas têm o mesmo princípio pautado nas questões de gênero e sexualidade; partindo dessa premissa alguns desses sujeitos históricos e suas realidades para discussão são: a bissexualidade; a questão da invisibilidade que se dá em relação as mulheres lésbicas; como também a discussão do feminismo trans, entre outros pontos que podem ser discutidos e refletidos pelas duas concepções.

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  3. Em primeiro lugar, parabéns pelo trabalho Leandro!
    Em segundo lugar, refletindo seu trabalho e a importância dele e da reflexão sobre gênero e sexualidade dentro do ensino de história, gostaria de propor um questionamento com propósito de despertar, ou ao menos tentar, o interesse dos alunos e das alunas pelo debate de gênero e sexualidade na aprendizagem de história. Como exemplo de, referenciado em pesquisas científicas apontar sujeitos históricos analisados durante a educação básica que poderiam ser inseridos na sigla LGBTqi+ ou dentro da concepção “feminista”.
    Muito obrigada, com carinho

    Mathilda Souza Martins.

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    1. Olá Mathilda, uma reflexão muito interessante. Dentro das concepções citadas por você, alguns sujeitos históricos podem ser inseridos em ambas, visto que elas têm o mesmo princípio pautado nas questões de gênero e sexualidade; partindo dessa premissa alguns desses sujeitos históricos e suas realidades para discussão são: a bissexualidade; a questão da invisibilidade que se dá em relação as mulheres lésbicas; como também a discussão do feminismo trans, entre outros pontos que podem ser discutidos e refletidos pelas duas concepções.

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  4. Em primeiro lugar, parabéns pelo trabalho Leandro!
    Em segundo lugar, refletindo seu trabalho e a importância dele e da reflexão sobre gênero e sexualidade dentro do ensino de história, gostaria de propor um questionamento com propósito de despertar, ou ao menos tentar, o interesse dos alunos e das alunas pelo debate de gênero e sexualidade na aprendizagem de história. Como exemplo de, referenciado em pesquisas científicas apontar sujeitos históricos analisados durante a educação básica que poderiam ser inseridos na sigla LGBTqi+ ou dentro da concepção “feminista”.
    Muito obrigada, com carinho

    Mathilda Souza Martins.

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    1. Olá Mathilda, uma reflexão muito interessante. Dentro das concepções citadas por você, alguns sujeitos históricos podem ser inseridos em ambas, visto que elas têm o mesmo princípio pautado nas questões de gênero e sexualidade; partindo dessa premissa alguns desses sujeitos históricos e suas realidades para discussão são: a bissexualidade; a questão da invisibilidade que se dá em relação as mulheres lésbicas; como também a discussão do feminismo trans, entre outros pontos que podem ser discutidos e refletidos pelas duas concepções.

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  5. Em primeiro lugar, parabéns pelo trabalho Leandro!
    Em segundo lugar, refletindo seu trabalho e a importância dele e da reflexão sobre gênero e sexualidade dentro do ensino de história, gostaria de propor um questionamento com propósito de despertar, ou ao menos tentar, o interesse dos alunos e das alunas pelo debate de gênero e sexualidade na aprendizagem de história. Como exemplo de, referenciado em pesquisas científicas apontar sujeitos históricos analisados durante a educação básica que poderiam ser inseridos na sigla LGBTqi+ ou dentro da concepção “feminista”.
    Muito obrigada, com carinho

    Mathilda Souza Martins.

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    1. Olá Mathilda, uma reflexão muito interessante. Dentro das concepções citadas por você, alguns sujeitos históricos podem ser inseridos em ambas, visto que elas têm o mesmo princípio pautado nas questões de gênero e sexualidade; partindo dessa premissa alguns desses sujeitos históricos e suas realidades para discussão são: a bissexualidade; a questão da invisibilidade que se dá em relação as mulheres lésbicas; como também a discussão do feminismo trans, entre outros pontos que podem ser discutidos e refletidos pelas duas concepções.

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  6. Anderson da Silva Schmitt25 de maio de 2021 às 10:55

    Olá Leandro
    Parabéns pelo seu texto, a questão social e cultura do preconceito tem base na nossa formação como país. O que mais me assusta é que o que parecia que tinha melhorado em relação ao respeito sobre o diferente, caiu por terra com a nova onda conservadora(racista, homofobica e preconceituosa) eleita na eleição de 2018.
    Isso se reflete nas escolas, esse discurso do patrão, do conceito cristão de homem e mulher.
    Leandro você nota que isso tem forte relação com a política, principalmente com esse discurso dos eleitos ?
    Abraço

    Anderson da Silva Schmitt

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    1. Olá Anderson, tudo bem? Como você disse essa nova onda conservadora, machista, homofóbica, misógina, patriarcal e agora uma necropolítica, fez sim com que seus discursos preconceituosos refletissem vários âmbitos da nossa sociedade, principalmente por seus apoiadores, inclusive nas instituições de ensino. Os discursos dos eleitos (eleições presidenciais de 2018, ressalto ganha através das fake News e de um discurso de ódio), muitas vezes pautado na moral cristã - apenas homem e mulher, vem com objetivo de considerar a homossexualidade um pecado, ou doença, ainda utilizando o conceito errado de "homossexualismo" na qual devemos combater veemente o seu uso.

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  7. Texto incrível, Leandro. Eu por muitos anos vivi em um ambiente escolar onde vivenciei diversos tipos de discriminação e homofobia, tive que lutar e resistir contra a homofobia, por mim e pelos outros, e ela vinha de pessoas que menos esperava, principalmente dos diretores, presenciei diversas vezes essas descriminações e inclusive comigo, vi amigos meus entraram em depressão, e por muitas vezes fui perseguida pela gestão por não me calar perante essas situações. Leandro, você acha que deveria ter políticas ou instituições voltadas principalmente para denúncia anônima das opressões vividas pelos alunos no âmbito escolar? Visto que muitas das vezes, se não for anônimo, o aluno vira alvo de perseguição dos diretores.

    Beijos!!!

    Gabriela Farias Oliveira

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    Respostas
    1. Olá! Gabriela. Eu me simpatizo com a sua dor suas experiências, pois passei por situações parecidas e devemos sim resistir o quanto e da forma que podemos ponto com sua pergunta é de caráter pessoal, eu Leandro acredito que sim, que deveria existir uma política ou algum programa os alunos relatassem essas perseguições e opressões ocorridas de formas objetivas e muitas vezes claras por pessoas que ocupam o cargo de poder nas instituições laicas de ensino. Também se faz necessário que todas as instituições possuam um acompanhamento psicológico para os seus discentes . E aos docentes e os demais da comunidade interna escolar deve-se haver uma preparação para trabalhar com a pluralidade existentes em nossa sociedade.

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  8. Texto incrível, Leandro. Eu por muitos anos vivi em um ambiente escolar onde vivenciei diversos tipos de discriminação e homofobia, tive que lutar e resistir contra a homofobia, por mim e pelos outros, e ela vinha de pessoas que menos esperava, principalmente dos diretores, presenciei diversas vezes essas descriminações e inclusive comigo, vi amigos meus entraram em depressão, e por muitas vezes fui perseguida pela gestão por não me calar perante essas situações. Leandro, você acha que deveria ter políticas ou instituições voltadas principalmente para denúncia anônima das opressões vividas pelos alunos no âmbito escolar? Visto que muitas das vezes, se não for anônimo, o aluno vira alvo de perseguição dos diretores.

    Beijos!!!

    Gabriela Farias Oliveira

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    1. Olá! Gabriela. Eu me simpatizo com a sua dor suas experiências, pois passei por situações parecidas e devemos sim resistir o quanto e da forma que podemos ponto com sua pergunta é de caráter pessoal, eu Leandro acredito que sim, que deveria existir uma política ou algum programa os alunos relatassem essas perseguições e opressões ocorridas de formas objetivas e muitas vezes claras por pessoas que ocupam o cargo de poder nas instituições laicas de ensino. Também se faz necessário que todas as instituições possuam um acompanhamento psicológico para os seus discentes . E aos docentes e os demais da comunidade interna escolar deve-se haver uma preparação para trabalhar com a pluralidade existentes em nossa sociedade.

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  9. Texto incrível, Leandro. Eu por muitos anos vivi em um ambiente escolar onde vivenciei diversos tipos de discriminação e homofobia, tive que lutar e resistir contra a homofobia, por mim e pelos outros, e ela vinha de pessoas que menos esperava, principalmente dos diretores, presenciei diversas vezes essas descriminações e inclusive comigo, vi amigos meus entraram em depressão, e por muitas vezes fui perseguida pela gestão por não me calar perante essas situações. Leandro, você acha que deveria ter políticas ou instituições voltadas principalmente para denúncia anônima das opressões vividas pelos alunos no âmbito escolar? Visto que muitas das vezes, se não for anônimo, o aluno vira alvo de perseguição dos diretores.

    Beijos!!!

    Gabriela Farias Oliveira

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    1. Olá! Gabriela. Eu me simpatizo com a sua dor suas experiências, pois passei por situações parecidas e devemos sim resistir o quanto e da forma que podemos ponto com sua pergunta é de caráter pessoal, eu Leandro acredito que sim, que deveria existir uma política ou algum programa os alunos relatassem essas perseguições e opressões ocorridas de formas objetivas e muitas vezes claras por pessoas que ocupam o cargo de poder nas instituições laicas de ensino. Também se faz necessário que todas as instituições possuam um acompanhamento psicológico para os seus discentes . E aos docentes e os demais da comunidade interna escolar deve-se haver uma preparação para trabalhar com a pluralidade existentes em nossa sociedade.

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  10. Texto incrível, Leandro. Eu por muitos anos vivi em um ambiente escolar onde vivenciei diversos tipos de discriminação e homofobia, tive que lutar e resistir contra a homofobia, por mim e pelos outros, e ela vinha de pessoas que menos esperava, principalmente dos diretores, presenciei diversas vezes essas descriminações e inclusive comigo, vi amigos meus entraram em depressão, e por muitas vezes fui perseguida pela gestão por não me calar perante essas situações. Leandro, você acha que deveria ter políticas ou instituições voltadas principalmente para denúncia anônima das opressões vividas pelos alunos no âmbito escolar? Visto que muitas das vezes, se não for anônimo, o aluno vira alvo de perseguição dos diretores.

    Beijos!!!

    Gabriela Farias Oliveira

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    1. Olá! Gabriela. Eu me simpatizo com a sua dor suas experiências, pois passei por situações parecidas e devemos sim resistir o quanto e da forma que podemos ponto com sua pergunta é de caráter pessoal, eu Leandro acredito que sim, que deveria existir uma política ou algum programa os alunos relatassem essas perseguições e opressões ocorridas de formas objetivas e muitas vezes claras por pessoas que ocupam o cargo de poder nas instituições laicas de ensino. Também se faz necessário que todas as instituições possuam um acompanhamento psicológico para os seus discentes . E aos docentes e os demais da comunidade interna escolar deve-se haver uma preparação para trabalhar com a pluralidade existentes em nossa sociedade.

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  11. Bom dia Leandro excelente texto! A partir do surgimento da onda conservadora, surge com ela diversos tipos de preconceitos "maquiados" é claro, principalmente no âmbito escolar,gostaria de saber como posso estar incluindo um assunto que ainda é um "tabu" dentro da sala de aula para que ocorra de fato a aprendizagem significativa de forma geral,sem priorizar ou menosprezar o educando.
    Talita de Souza Silva Bueno.

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    1. Bom dia! Talita. Essa grande onda conservadora e patriarcal, traz consigo sim esse aumento, nas chamadas "brincadeirinhas" principalmente no ambiente escolar. Na questão da inclusão do assunto de gênero na sala de aula, é de grande valia usar metodologia de um "círculo de aprendizagem" ; o docente poderá trazer algum caso ocorrido atualmente, e estatísticas que mostram o número de violência causado contra população LGBT. Já o círculo formado com todos os alunos, o professor poderá deixar aberto à relatos de acontecimentos, de experiência, e de casos presenciados, intervindo quando necessário para dar embasamento teórico a discussão. Esse princípio é um dos inúmeros que tem a metodologia pautada na troca de saberes e experiências, onde tanto o aluno aprende quanto o professor, assim também a aula para o cotidiano.

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    2. Bom dia! Talita. Essa grande onda conservadora e patriarcal, traz consigo sim esse aumento, nas chamadas "brincadeirinhas" principalmente no ambiente escolar. Na questão da inclusão do assunto de gênero na sala de aula, é de grande valia usar metodologia de um "círculo de aprendizagem" ; o docente poderá trazer algum caso ocorrido atualmente, e estatísticas que mostram o número de violência causado contra população LGBT. Já o círculo formado com todos os alunos, o professor poderá deixar aberto à relatos de acontecimentos, de experiência, e de casos presenciados, intervindo quando necessário para dar embasamento teórico a discussão. Esse princípio é um dos inúmeros que tem a metodologia pautada na troca de saberes e experiências, onde tanto o aluno aprende quanto o professor, assim também a aula para o cotidiano.

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  12. Bom dia Leandro excelente texto! A partir do surgimento da onda conservadora, surge com ela diversos tipos de preconceitos "maquiados" é claro, principalmente no âmbito escolar,gostaria de saber como posso estar incluindo um assunto que ainda é um "tabu" dentro da sala de aula para que ocorra de fato a aprendizagem significativa de forma geral,sem priorizar ou menosprezar o educando.
    Talita de Souza Silva Bueno.

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    1. Bom dia! Talita. Essa grande onda conservadora e patriarcal, traz consigo sim esse aumento, nas chamadas "brincadeirinhas" principalmente no ambiente escolar. Na questão da inclusão do assunto de gênero na sala de aula, é de grande valia usar metodologia de um "círculo de aprendizagem" ; o docente poderá trazer algum caso ocorrido atualmente, e estatísticas que mostram o número de violência causado contra população LGBT. Já o círculo formado com todos os alunos, o professor poderá deixar aberto à relatos de acontecimentos, de experiência, e de casos presenciados, intervindo quando necessário para dar embasamento teórico a discussão. Esse princípio é um dos inúmeros que tem a metodologia pautada na troca de saberes e experiências, onde tanto o aluno aprende quanto o professor, assim também a aula para o cotidiano.

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  13. Ainda hoje a questão de gênero é algo tratado com pouca intensidade no sistema educacional brasileiro, as condições para permanência nas escolas é algo retratado nos planos de ensino, no texto fala-se ser pouco os planos que trata da questão de gênero e sexualidades, gostaria de saber o que poderia se fazer para que esta realidade/preconceito em torno dessa questão enraizadas no pensamento dos país podendo ser transferidas para os filhos possa mudar.
    Loyani de Souza Santos

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    1. Olá! Loyani. Então em relação ao filho quanto aluno/aluna podemos tentar uma desconstrução desse discurso que vende uma base familiar por meio das discussões de gênero e sexualidade dentro da sala de aula, visto se a instituição de ensino tem essa abordagem em seus currículos. Aos pais, planejar aulas e palestras coletivas abertas não apenas para os alunos, mas para toda a comunidade escolar, pensando num construir do saber coletivo.

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  14. Parabéns pelo seu belíssimo trabalho Leandro, com certeza a discussão de gênero é extremamente importante ,principalmente nas escolas onde em tese deveria ser um local de acolhimento e respeito às diferenças, o que ultimamente tem se perdido e muito. Como você vê o fato de não ser aberta essa conversa para os alunos em sala de aula,sendo que os mesmos provavelmente não tem essa possibilidade de diálogo em seus lares?

    Lilian Daiane Both

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    1. Boa tarde! Lilian, a falta dessas abordagens na sala de aula, vista não serem trabalhadas por muitos, pensando por uma perspectiva que a escola seja a única brecha para discussões para muitos alunos; a discussão de gênero e sexualidade tem de ajudar o sujeito na sua construção identitária e social e essa não discussão se torna de uma grande perda.

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  15. Boa tarde Leandro, gostaria de dizer que o seu texto é incrível e que me fez refletir sobre diversas questões e construções históricas envolvendo o gênero.
    Desse modo, o fator que mais me interessou foi a tentativa de se discutir cada vez menos a questão de gênero em diferentes âmbitos da sociedade, principalmente na educação. Além do surgimento de novos preconceitos e de um discurso excludente, em sua opinião, quais podem ser os reflexos de uma sociedade que busca camuflar a questão do gênero? Tendo um foco maior nas crianças ainda em processo de formação. Desde já, muito obrigada.

    Ana Carolina Alves Tibúrcio

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    1. Boa tarde! Ana. Os reflexos de uma sociedade que tenta camuflar oi se abster discutir as questões de gênero e sexualidade na formação educacional de seus alunos podem ser vistos nas inúmeras notícias que entram no aumento das estatísticas de LGBTfobia, feminicídio e outras agressões e preconceitos.

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  16. Olá Leandro, seu trabalho ficou incrível. Como citado em seu texto, nas últimas décadas a visibilidade da comunidade LGBTI+ no Brasil e cada vez maior, no entanto longe de acabar com os preconceitos existentes. Queria saber qual a penalidade para alguém que pratica homofobia?

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    1. Olá! Após a decisão do STF homofobia e transfobia passou a ser crime que podem dar de 3 a 5 anos de prisão. Será creme "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito" em razão da sexualidade de qualquer indivíduo. A pena por esses cremes varia de 1 a 3 anos, mais multa ou/e pode ser de 2 a 5 anos se houver divulgação do ato em meio de comunicação - redes sociais.

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  17. Olá Leandro, seu trabalho ficou incrível. Como citado em seu texto, nas últimas décadas a visibilidade da comunidade LGBTI+ no Brasil e cada vez maior, no entanto longe de acabar com os preconceitos existentes. Queria saber qual a penalidade para alguém que pratica homofobia?

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    1. Olá! Após a decisão do STF homofobia e transfobia passou a ser crime que podem dar de 3 a 5 anos de prisão. Será creme "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito" em razão da sexualidade de qualquer indivíduo. A pena por esses cremes varia de 1 a 3 anos, mais multa ou/e pode ser de 2 a 5 anos se houver divulgação do ato em meio de comunicação - redes sociais.

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  18. Olá Leandro, parabéns seu texto ficou magnífico. Além das autoras John Scoot e Joana Pedro, quais outros autores/as eu poderia utilizar para me aprofundar nas discussões de gênero?

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    1. Olá! Amanda. Quando falamos em estudos de gênero, podemos discutir e se aprofundar em diversas temáticas dentro do campo de pesquisa; pode-se utilizar a autora John Scott, que traz uma discussão sobre a importância dos estudos de gênero; a autora Joana Maria Pedro que trabalha com análise das categorias: "história da mulher", "história das mulheres", "história de gênero e sexo". Entre outros autores/as estão Connel e Misserschimit que trabalha a questão do conceito de masculinidade hegemônica.

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  19. Olá Leandro, parabéns seu texto ficou magnífico. Além das autoras John Scoot e Joana Pedro, quais outros autores/as eu poderia utilizar para me aprofundar nas discussões de gênero?

    Amanda Gabriele da Silva

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    1. Olá! Amanda. Quando falamos em estudos de gênero, podemos discutir e se aprofundar em diversas temáticas dentro do campo de pesquisa; pode-se utilizar a autora John Scott, que traz uma discussão sobre a importância dos estudos de gênero; a autora Joana Maria Pedro que trabalha com análise das categorias: "história da mulher", "história das mulheres", "história de gênero e sexo". Entre outros autores/as estão Connel e Misserschimit que trabalha a questão do conceito de masculinidade hegemônica.

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  20. Primeiro quero lhe parabenizar pelo excelente trabalho Leandro. No decorrer da minha infância e adolescência já presenciei diversos formas de preconceito, acredito que temos que renovar as esperanças de viver numa sociedade que seja adepta do respeito mútuo, na última eleição foi eleito um governo de extrema-direita, que retrocedeu e trouxe uma política de extremo conservadorismo que de algum modo enfraqueceu algumas lutas, não ter uma que matéria voltada para o ensino de gênero e até mesmo diversidade sexual pode ser considerada uma grande perda. Já que quando não formamos pessoas ou não temos acesso a materiais que tragam uma visão e que possibilite uma brecha para um possível debate dentro dos temas, é gerado um grande espaço dentro do meio escolar que acarreta emm vário formas de preconceito. Dentro dos lares de muitos brasileiros circula que esse é um conteúdo que só pode ser tratado com a própria família, e que o ambiente escolar não deve debater sobre isso. Você acha que nossos educadores estão prontos para desconstruir em uma grande gama, comportamentos que já foram pré-concebidos e enraizados dentro dessas estruturas familiares?

    Desde já, agradeço a atenção.
    Ruan Carlos de Sousa Rodrigues

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  21. Texto incrível!!! As observações e informações são bastante pertinentes, devido ao contexto atual de nosso país... Mas não pensando só no contexto atual mas como também da forma em que fomos colonizados, estereotipados e afins no decorrer da história de nossa construção humana. É fácil a gente anular a dor do outro quando não dói em nós mesmos, a ideia de pensar o ensino de sexualida e gênero dentro das escolas é um caminho muito válido, já que a escola é um plural de vivências, culturas, origem, ideais e etc, a implementação de tais estudos dentro de instituições de ensino traz consigo uma carga de avanço grande para nossa sociedade, enriquecendo-à não só de conhecimento mas também de como olhar para o outro que é "diferente" de quem eu sou. Negar esses debates dentro dessas instituições e negar nossos direitos de expressão, diversidade? É negar nossas histórias antepassados desde que o mundo é mundo?

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  24. Excelente trabalho, e texto motivador para muitos assuntos que realmente deveriam ser trabalhados mais no ambiente escolar, eu presenciei e sofri vários ataques de homofobia em sala de aula sempre desde quando comecei estudar, grande percentual começa no ensino fundamental, e muitas vezes via que professores e diretores não faziam por onde para recorrerem ao menos o respeito pelo próximo dentro de sala de aula, infelizmente isso sempre irá existir, mas de uma forma que acredito eu, que se fosse implantando maneiras de como aprender ter empatia e respeito pelo próximo, seja relacionado à assuntos debatidos sobre, gênero e sexualidade, o ambiente escolar seria uma grande porta para muitas crianças, adolescentes e jovens serem mais sábios nas atitudes. Os antepassados de cada história sempre irá existir, mas infelizmente negar o direito que um possa ter e outro não, por ser rico ou pobre, branco ou preto, gay ou hétero, cabelo liso ou cabelo crespo, é colocar a própria ignorância como prioridade e esquecer que todos somos iguais e podemos ter direitos iguais independente de qualquer coisa.

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  25. Boa noite, Leandro, parabéns pelo artigo!
    Você citou meios para abordar as questões de gênero e de sexualidade nas escolas, como através de rodas de conversas/debates e das palestras. Você acha que, para os educandos mais novos, como os do ensino fundamental, há outras possibilidades de metodologias para abordar o assunto? Acha que há necessidade de que elas sejam mais dinâmicas considerando a fase do ensino? Se sim, há algum exemplo que possa ser citado?

    Emyle Rodrigues Barbieri

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  26. Olá Leandro, excelente trabalho! Acredito que falar dr sexualidade com crianças e adolescentes nem sempre é facil,mas algo necessário e que compreende uma educação consciente. Para escola, esse papel fica ainda mais difícil, principalmente depois que a BNCC passou por uma reestruturação e houve a exclusão das temáticas" gênero e orientação sexual" nas propostas pedagógicas.No entanto retirar do currículo não sivnifica que tal tematica não faça paeye do cotidiano de crianças e adolescentes. Dito isto, gostaria de saber sua opinião em como abordar a temática em sala de aula e dialogar com os pais e a comunidade, sem parecer estar ensinando pornografia e sem ir em contramão com o que a lei ordena?

    Att, Evelaine Ribeiro da Silva.

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  27. A escola deve ser um lugar para eliminar ao invés de reforçar estereótipos. É preciso discutir a maneira em que isto ocorre, repensar os significados e consolidar novas práticas

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    1. Olá! Andreia. O presente artigo vem na mesma perspectiva; instituição escolar não deve, ou não deveria ser um lugar de reforçar estereótipos, entretanto não é o que se vê na prática. Abordagem de discutir gênero e sexualidade nas salas de aulas, tem como objetivo dessa desconstrução desse estereótipo e ajudar o aluno/a a sua construção da sua identidade.

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  28. Olá Leandro, seu trabalho ficou incrível. Como citado em seu texto, nas últimas décadas a visibilidade da comunidade LGBTI+ no Brasil e cada vez maior, no entanto longe de acabar com os preconceitos existentes. Queria saber qual a penalidade para alguém que pratica homofobia?

    Lucas Marcelo de Lima

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    1. Olá! Lucas
      .Após a decisão do STF homofobia e transfobia passou a ser crime que podem dar de 3 a 5 anos de prisão. Será creme "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito" em razão da sexualidade de qualquer indivíduo. A pena por esses cremes varia de 1 a 3 anos, mais multa ou/e pode ser de 2 a 5 anos se houver divulgação do ato em meio de comunicação - redes sociais.

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  29. Olá Leandro, boa noite!
    Parabéns pelo texto, espetacular.
    Você cita que gênero deveria ser uma categoria de estudo, você acha que gênero na escola influência na sociedade?
    E o que você tem a dizer sobre a religião em questão ao gênero?

    Larissa Roberta Castro Borges

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    1. Olá! Larissa. O estudo de gênero, já é uma categoria de análise histórica, entretanto muito recente; A igreja é uma das três instituições presentes na sociedade que mais influencia na construção social do indivíduo, como a família e a escola, por isso essa concepção de homem e mulher, partindo de um olhar cristão, pode influenciar com que o assunto de sexualidade e gênero sejam tabus.

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  30. Olá, quero lhe parabenizar pelo excelente texto, muito bem escrito e trás questões importantíssimas. Sabendo que as desvantagens para a mudança e/ou aceitação são grandes, pelo fato de que muitos preconceitos estão enraizados na sociedade, você acha que seria valido abrir os portões das escolas no intuito de levar para a sociedade em geral novas informações, tentando estimular a aceitação e respeito ?

    Paula Andreza Coelho da Cruz.

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  32. É um tema de meu interesse, estou tentando terminar um artigo relacionado a essas questões, além dos autores citados no texto, quais mais você pode indicar para um aprofundamento no assunto ?

    Paula Andreza Coelho da Cruz.

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