Daiane da Silva Vicente e Marlane Leite da Silva

PIBID E AS MULHERES NEGRAS NA SOCIEDADE BRASILEIRA: RELATO DE UM ESTUDO VIVENCIADO EM SALA DE AULA

  

Este trabalho faz parte do subprojeto de História, “História e Direitos Humanos: memória, condição feminina e resistência”, sendo este possibilitado pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). Essa temática foi dividida em três módulos, com duração de seis meses cada um, iniciando-se em agosto de 2018. No primeiro módulo intitulado “A literatura e o material fílmico, para debater a questão dos Direitos Humanos na sociedade Brasileira”, entre os objetivos, buscou-se sensibilizar – através de questões ligadas à literatura e os Direitos Humanos – para a causa das mulheres. O segundo módulo “O processo de construção, solidificação do machismo que provocou o silenciamento e exclusão das mulheres na história”, abordou-se assuntos referentes ao surgimento e atuação do Movimento Feminista; também mencionamos em nossas intervenções a trajetória de figuras femininas que tiveram um papel importante na construção histórica. Já no terceiro módulo, denominado “Violências e condições históricas que construíram um lugar de subalternidade para a mulher negra na história brasileira”, para tanto, essa temática que corresponde a esse texto, possibilita uma compreensão da atuação da mulher negra na sociedade brasileira.

 

Para a realização deste projeto, utilizou-se a pesquisa de ação. A princípio apropriou-se de uma base teórica, iniciada primeiramente nos encontros do PIBID que ocorreram na Universidade de Pernambuco – Campus Garanhuns, junto à coordenadora e a supervisora do subprojeto de História, onde discutiu-se produções acadêmicas relacionadas à temática proposta. Em seguida, desenvolveu-se intervenções em uma escola localizada no município de São João – PE, com uma turma de 7°/ 8° ano do ensino fundamental, no qual os estudantes tinham em média 13 a 15 anos de idade.

 

Na elaboração das atividades intervencionistas, recorreu-se a um embasamento teórico encontrado nos textos utilizados ao longo do PIBID, como também, no auxílio pedagógico formativo advindo das sugestões dadas nos encontros que ocorriam normalmente com a supervisora e a coordenadora. Ademais, buscava-se outros meios que viessem a contribuir na produção dos materiais a serem usados em sala de aula. Para isso, vídeos, filmes, músicas, imagens, textos e sites que traziam uma relação com o assunto a ser discutido, foram de grande importância na aplicação e construção de resultados significativos.

 

Quanto à coleta de dados, valeu-se do uso de questionários que possibilitaram a obtenção de respostas embasadas no conhecimento prévio dos educandos, essas considerações não foram descartadas, justamente por servirem como ponderações para compreender a evolução da aquisição do saber por meio das atividades. Essas intervenções possibilitaram inúmeras análises sobre as perspectivas das/dos jovens a respeito dos afrodescendentes, e sobre a história das mulheres negras e suas lutas na sociedade brasileira. Evidenciando questões interessantes para indagações.

 

Discussão e experiência na sala de aula 

 

A escola é um espaço importante para combater as discriminações. No terceiro módulo do PIBID, pode-se falar sobre a mulher negra na sociedade brasileira e os problemas enfrentados por ela na atualidade e em outros momentos históricos. De acordo com as competências gerais da educação básica contidas na BNCC – Base Nacional Comum Curricular (2017, p. 10) é necessário 

 

“Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza”.

 

No que diz respeito a reconhecesse como afrodescendente, baseando-se no atlas da violência de 2019, pode-se perceber que o quadro de análise referente à cor da pele, pardos e negros são colocados em uma mesma categoria. Sendo a que não corresponde ao mesmo quadro: branca, amarela e indígena. Baseando-se nesses aspectos, foi desenvolvido um questionário que possibilitou analisar como as alunas e alunos se identificavam. O resultado obtido com os 26 alunos que estavam presentes no momento da realização dessa intervenção foram as seguintes: 42% assinalaram correspondendo a cor parda; 12% a cor negra; 34% a cor branca e 12% assinalou referente ao que seria outro (não se identificando com nenhuma das opções citadas). Evidenciou-se, que ao longo que iam respondendo o questionário, mais dúvidas apareciam sobre o que é ser negro ou ser negra, acarretando necessariamente, discutir ainda mais sobre essas questões. Neste mesmo questionário, abordou-se a cultura afro-brasileira. Ao serem questionados sobre o conhecimento que tinham a respeito de elementos da cultura afro-brasileira, quase 90% afirmou não conhecer. Conclui-se que os adolescentes com faixa etária entre 13-14 anos, não tinham conhecimento de suas descendências e cultura africana. Os estudantes que confirmaram conhecer, foram aproximadamente 10%, e não especificaram muitos elementos, se restringindo aos mais populares, como por exemplo, a capoeira. Análises como essas, permite refletir sobre como, e se é discutido suficientemente assuntos como esse em sala de aula. Provavelmente, se um tema tão abrangente não é trabalhado ou não é atribuída tamanha importância, a ponto de fazer com que os alunos se recordem, acredita-se que a trajetória da mulher negra na história é totalmente invisibilizada, não somente nas aulas de História, como também na historiografia.

 

A análise mencionada acima foi comprovada. Quando mencionado em sala de aula sobre o papel da mulher negra na sociedade, os educandos agiram com estranheza, pois praticamente não havia conhecimento algum. Ficando evidente que não era algo apenas deles, mas também tinha relação com a carência de informações contidas no livro didático, demonstrada quando solicitamos para que trouxesse alguns dados de figuras femininas que eles encontrassem no livro de história. Eles relataram as dificuldades para acharem essas personagens. Dessa forma, propomos em uma das atividades fazermos a exposição de algumas figuras femininas negras que desempenharam um papel fundamental na história. As personagens expostas, sendo elas heroínas ou ativistas foram: Aqualtune, Dandara, Maria Firmina e Djamila Ribeiro. Pode-se perceber o quanto ficaram encantados e surpresos com a trajetória e atuação dessas mulheres.

 

É importante que os estudantes tenham contato com a cultura afro-brasileira, e conheçam a trajetória da mulher negra na história, pois permite que eles agreguem valores antes não atribuídos, tanto na sua formação escolar e como indivíduo consciente, percebendo a importância de estudar o passado, facilitando na compreensão do presente. Contudo, isto permite um rompimento com a discriminação do desconhecido, levando em consideração que o preconceito, às vezes surge devido a falta de conhecimento sobre algo.

 

No que diz respeito ao machismo e o preconceito racial, ambos fruto de um longo processo encontrado na história brasileira. Por mais que existam leis que assegurem tais direitos para as vítimas, ainda estamos longe de superar as barreiras que impedem o desenvolvimento da sociedade, para um grau de igualdade de direitos entre homens e mulheres de todas as etnias. Para compreendermos melhor os espaços e papéis ocupados pelas mulheres negras é interessante fazer referência ao período escravista, um se não o momento mais triste de nossa memória histórica.

 

“[...] aos negros, a partir de características como a cor da pele (a mais escura) aliada aos aspectos sociais e culturais, associa-se não apenas a feiura, mas a subalternidade e a invisibilidade. Entretanto, isso ocorre de maneira ambígua e perversa: de um lado, o homem negro é rejeitado como desinteressante, de outro enaltecido como potente e viril, ou ainda temido como violento. Já a mulher negra é rejeitada pela cor, enquanto muitas vezes, especialmente a mulata, é vista como disponível e sedutora, cujo atributo maior seria o de “ser quente”, mas desprovida de desejo próprio e feita apenas para “servir” ao outro.” (RIBEIRO, 2004, p. 89)

 

Dessa maneira, percebe-se que as consequências da escravidão no Brasil são extensas e complexas. Atinge todos os remanescentes, homens e mulheres. Fatores como esses, ocorrem pelo motivo de após a abolição, não ter ocorrido a inclusão da população negra como cidadã. Provavelmente, com o devido reconhecimento, teria sido possível superar tais discriminações por causa da cor da pele. Mas isso não garantiria que a mulher negra deixasse de sentir as investidas do machismo.

 

Para enfatizar essa marginalização, é importante ressaltar que as mulheres negras no Brasil, atualmente, ainda são maioria ocupando funções ligadas aos trabalhos domésticos e terceirizados, como aponta Djamila Ribeiro (2019). A autora ainda menciona que algumas medidas políticas afetam ainda mais as mulheres negras, dando um exemplo, a reforma da previdência quando salienta:

 

“A reforma da previdência, que caminha no Congresso sob forma de Emenda Constitucional número 287, prevê aumentar o tempo de contribuição para 25 anos e a idade mínima para 65 anos para as mulheres. Essa medida não leva em consideração a divisão sexual do trabalho imposta em nossa sociedade. Vale dizer, pois mulheres ainda são aquelas moldadas para desempenhar o trabalho doméstico e obrigadas a serem as maiores responsáveis pela criação dos filhos. Mulheres, sobretudo, negras, partem de pontos diferentes e consequentemente desiguais.” (RIBEIRO, 2019, p. 65)

 

Essa medida afeta as mulheres negras por serem a grande maioria no mercado de trabalho doméstico. Isto acontece porque desde a escravidão elas desempenharam um papel semelhante nas casas dos proprietários de escravos, além de outras já apontadas. Por serem a maioria trabalhadoras dessas áreas se evidencia a precariedade de sua situação. Outro exemplo que coloca em evidência a realidade das mulheres negras antes e agora, é o fato de que desde o processo de escravidão elas foram “sexualizadas”, visto que tinham a função de reproduzirem, para que houvesse mais escravos, como já mencionado. Ainda hoje elas são vistas como objeto sexual, como se pode perceber ao ouvir o jargão popular, “da cor do pecado”. 

 

“Pesquisas recentes demonstram que, na segunda década do século XXI, as mulheres negras continuam sendo o segmento social menos favorecido do país, recebendo os piores salários e sujeitas a um número muito maior de exploração e discriminação de seus corpos.” (SANTOS, 2017, p. 45).

 

Ademais, as mulheres negras não se encaixam nos padrões de beleza impostos pela sociedade, que é o da mulher branca, loira, de olhos azuis e pouco curvilínea. Isso faz com que a não aceitação do que é ser negra seja maior, fazendo com que ela se submeta a formas de mudanças para se adequar ao padrão, acarretando à negação da identidade negra. Ao realizarmos um recorte sobre a beleza negra, pode-se perceber como principalmente as meninas ficaram inquietas por estar sendo feito alusão de forma indireta as suas próprias condutas de comportamento, realçado em fatores como o alisamento do cabelo. 

 

Em uma intervenção, levou-se algumas notícias acerca do índice de violência contra a mulher negra e a população negra como um todo. Essa atividade teve por objetivo destacar o agravamento do número de violências contra esse grupo. Foi possível perceber uma certa surpresa dos estudantes em relação aos dados. De acordo com o Atlas da violência (2019), a taxa de homicídio da mulher negra em Pernambuco é maior que a taxa do Brasil, sendo 7,6% em 2017, enquanto a da mulher branca é de 3,2%. Portanto, a mulher negra sofre mais violência que a mulher branca.

 

A pouca representatividade da mulher negra nos espaços tidos como importantes na sociedade, fora outra questão abordada. É evidente, a carência da representação feminina negra em cargos políticos, e em profissões vistas como elitizadas. Por outro lado, elas estão presentes ativamente na luta em busca desses espaços. 

 

“A participação de mulheres nos partidos, sindicatos, movimentos de bairro, associações de mães, movimentos negros e grupos feministas, além de inúmeros outros movimentos organizados, vem contribuindo de forma decisiva na formação da mulher, onde ela atua como ser pensante, buscando, decidindo e contribuindo nos mais diferentes espaços” (SOUZA, 1995, p. 11).

 

Essa visibilidade é importante para que o racismo não se faça tão presente, e que haja uma aceitação da cultura afro-brasileira. Para compreendermos questões como essa que está sendo abordada, é interessante ter em mente o que é “lugar de fala”. Isso seria exatamente como bem descreve Djamila Ribeiro, uma forma de “romper com o silêncio instituído para quem foi subalternizado, um movimento no sentido de romper com a hierarquia” (2019, p. 89), ou seja, o lugar de fala é ocupado por quem durante muito tempo foi silenciado. Outra questão interessante é entender, justamente, que ao falar pelo outro não estamos dando voz a essas pessoas. Voz elas sempre tiveram, o que não tinham era espaço para se pronunciarem, fato este que levou ao processo de silenciamento, que atualmente buscam superar. A mesma autora, também traz outra discussão que se relaciona com a primeira. Ambas interessantes, pois quando mencionado o papel ocupado por quem hoje é protagonista de sua luta e história, não quer dizer que outros indivíduos, que não fazem parte de determinado grupo específico, falem a respeito. 

 

“Quando falamos de direito à existência digna, à voz, estamos falando de locus social, de como esse lugar imposto dificulta a possibilidade de transcendência. Absolutamente não tem a ver como uma visão essencialista de que somente o negro pode falar sobre racismo, por exemplo.” (RIBEIRO, 2019, p. 64).

 

Por mais importante que seja ter mais pessoas defendendo a causa de um grupo, do qual não compartilhem características pessoais semelhantes, é sempre bom dispor além do lugar de fala, a atenção, ocupando o lugar de escuta, enquanto aqueles mais íntimos com a causa de manifesta, como por exemplo, que mais mulheres negras falem de suas dores, lutas e vitórias. 

 

Considerações Finais

 

É fundamental compreender a história do país onde vivemos, não apenas os acontecimentos considerados grandiosos, mas também ter uma noção dos ocorridos trágicos que permeiam os grandes momentos. E entender que a história tem suas nuances e que elas nos mostram o que somos. Uma vez que possibilitado o conhecimento de fatos como este – período da escravidão no Brasil – é possível estabelecer uma conexão com as atitudes discriminatórias que ainda precisam ser superadas.

 

Com esse estudo, direcionado a mulher negra no Brasil foi possível perceber que ao longo da história elas foram marginalizadas, e que a sua luta é diferente da mulher branca. E por terem sido silenciadas, as suas reivindicações demoraram a serem ouvidas. Para que assim houvesse transformações na sociedade, como a aceitação do que é ser negra. E para isso, é preciso estudar a sua história em todas as instâncias, para que ocorra uma superação do machismo e do racismo. E falar de racismo no Brasil, é difícil, porque determinados indivíduos acreditam que não existe. E desta forma, é válido ressaltar que a educação como agente transformador possibilita a difusão desse estudo, com a sua devida importância que merece ser atribuída, destacando a tomada de consciência sobre as diferenças que permeiam a sociedade e além de tudo, o fortalecimento da empatia, como foi possível perceber nas intervenções em sala de aula.

 

Referências biográficas

 

Daiane da Silva Vicente é graduanda do 7° período do curso de Licenciatura em História da Universidade de Pernambuco - Campus Garanhuns. Entre agosto de 2018 a janeiro de 2020 foi bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). (daianesv567@gmail.com) 

 

Marlane Leite da Silva é graduanda do 7° período do curso de Licenciatura em História da Universidade de Pernambuco - Campus Garanhuns. Entre agosto de 2018 a janeiro de 2020 foi bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID). (laneleitedasilva2016@gmail.com)

 

Referências bibliográficas

 

CERQUEIRA, Daniel. et al. IPEA (org.). Atlas da Violência 2019. Brasil: Instituto de Pesquisa Aplicada; Fórum brasileiro de Segurança Pública. 2019. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/relatorio_institucional/190605_atlas_da_violencia_2019.pdf. Acesso em: 13 de outubro de 2019.

 

Ministério da Educação. BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 13 de nov. de 2019.

 

RIBEIRO, Djamila. Lugar de Fala. 1° Ed. São Paulo: Pólen, 2019.

 

RIBEIRO, Matilde. Relações raciais nas pesquisas e processos sociais: em busca de visibilidade para as mulheres negras. In.: A mulher brasileira nos espaços público e privado. Gustavo Venturi, Marisol Recamán e Suely de Oliveira (Orgs.). 1° ed. – São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004. 87-105 p.

 

SANTOS, Ynaê Lopes dos. O feminismo negro como um lugar de pertença e aprendizado. In.: Lugar de Mulher: Feminismo e Política no Brasil. Lívia Magalhães (Org.). Rio de Janeiro: Oficina Raquel, 2017. 42-61 p.

 

SOUZA, Edileuza Penha de. Mulher negra: sua sexualidade e seus mitos. In: QUINTAS, Fátima (org.). Mulher negra: preconceito, sexualidade e imaginário. Ministério da educação, Governo Federal, Recife: INPSO-FUNDAJ, Instituto de Pesquisas Sociais-Fundação Joaquim Nabuco, 1995. P. 10-21. Disponível em: http://biblioteca.clacso.edu.ar/Brasil/dipes-fundaj/20121203110837/quintas.pdf. Acesso em: 12 de outubro de 2019.

 

5 comentários:

  1. Prezadas Daiane e Marlane!

    Primeiramente gostaria de parabenizá-las pelo ótimo texto e por terem compartilhado conosco importantes experiências do PIBID, programa de formação docente que deve ser destacado e valorizado, sobretudo em contexto social adverso. Ademais, é fundamental que trabalhemos nas escolas a importância da mulher negra para a sociedade brasileira, como vocês fizeram muito bem. A partir das experiências vivenciadas, pergunto como vocês tem observado a recepção dos estudantes a temáticas que destaquem o pensamento crítico e a revisão de visões sociais historicamente construídas?

    Cordialmente,

    Walace Ferreira.

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  2. Olá Walace!

    Obrigada!
    A partir das nossas experiências, podemos pontuar que as/os estudantes, apesar das dificuldades e limitações do ambiente escolar, interagiram de maneira satisfatória. A partir dos diálogos, foi possível perceber um amadurecimento, no sentido de entendimento, quanto a questões que trabalhamos, e claro, alguns participaram mais que outros. Porém foi justamente no módulo três que notamos uma maior interação, acreditamos que a temática desse módulo tenha sido a que mais eles/elas se sentiram inclusos nos debates, principalmente as meninas.

    Daiane da Silva Vicente
    Marlane Leite da Silva

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    1. Maravilha, Daiane e Marlene! Agradeço pela resposta.

      Ótima trajetória para vocês.

      Walace Ferreira.

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  3. Ótimo tema, o PIBID - programa de iniciação à docência, é uma ótima oportunidade aos graduados no processo de formação e vivenciar experiências em sala de aula,um pouco da realidade do professor antes da formação acadêmica. Gostaria de saber como foi a abordagem do tema na sala de aula ? Ao se deparar com diversas opiniões dos alunos sobre a trajetória de como essa mulher é vista no contexto histórico e principalmente a mulher negra.

    Tatiana da Silva Benigno
    7°período do curso de Licenciatura Plena em História DA Universidade Nilton Lins - Manaus /AM

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  4. Olá Tatiana!
    A forma como o subprojeto de História da UPE foi organizado facilitou muito no desenvolvimento das atividades, como também, para que os estudantes pudessem aprender mais sobre o assunto. Nessa organização, a temática foi dividido em três módulos. No primeiro módulo, trabalhamos com os estudantes questões relacionadas aos direitos humanos e literatura, dessa maneira, começamos a fazer um preparamento para chegar nos estudos sobre História das Mulheres. No segundo módulo, discutimos tanto trajetórias de algumas mulheres situadas em momentos históricos distintos, como também, o movimento feminista e algumas de suas vertentes. No terceiro módulo, o qual foi usado para produzir esse texto, falamos sobre as mulheres negras, e é importante compreender que a história das mulheres negras, é diferente da história da mulher branca. Entre todos esses módulos, o último foi o que os estudantes mais demonstraram entusiasmo pelo assunto. Com esse tema, explicamos o motivo e a importância de ter um módulo específico para falar sobre mulheres negras. Também conversamos sobre as vertentes do feminismo que contemplam as pautas dessas mulheres. Mencionamos a trajetória de algumas delas para os estudantes e pedimos para que também buscassem por elas no livro didático de história, no entanto, praticamente não as encontraram.

    Daiane da Silva Vicente
    Marlane Leite da Silva

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