Ana Maria Lucia do Nascimento

MÉLISSA ENTRE O REAL E O IDEAL: UMA PROPOSTA DIDÁTICA

 

O conceito ideal da mélissa:

 

Na sua formação escolar você lembra de ter estudado as mulheres gregas? Parece difícil lembrar de assuntos que, para você, pode não estar tão vívido em suas memórias. Eu, por outro lado, não lembro, mas também como poderia lembrar de um assunto que não foi trabalhado? Não pense que isso é uma suposição e que por meio disso quero apenas levá-lo a refletir sobre algo que não acontece. Afinal, se observamos os livros didáticos, notaremos a realidade que o circunda. De fato, pouco se fala sobre as mulheres gregas, e quando citadas, entramos em contato com um viés de representação feminina que gera mais interrogações do que certezas. É sobre essas interrogações que o presente trabalho se debruça.

 

De agosto de 2018 a janeiro de 2020, uma nova experiência como docente me foi proposta. Na minha primeira experiência como estagiária, fui designinada para ministrar uma aula sobre Grécia para 50 alunos do 6º ano C, no turno da tarde. Na época, não tinha ciência de fato do poder da ação de um professor em sala de aula. Assim como não sabia o porquê estudar história era tão importante para a formação da consciência histórica. E durante esses três semestres de estágio, nada me marcou mais do que a pergunta de uma aluna após o final de uma aula: “na Grécia não tinha mulheres, tia?”. Sim, respondi. E quando analisei seu livro, existia no meio do capitulo apenas um quadro informativo sobre as mulheres gregas.

 

Logo descobriria que se tratava das mélissas. O modelo ideal de mulher criado pela sociedade grega. De modo geral, o livro me fez ver essas mulheres como sendo as que se casavam ainda jovem permanecendo fiel ao seu único companheiro até o fim da vida, “vivendo em silêncio no interior de sua casa, administrando os seus bens, educando os filhos; proferindo o culto doméstico. Sendo especializada no fiar e no tecer” (LESSA, 2004, p.9). Eram, em sua maioria, de família de aristocrata, e por isso, a educação dessas mulheres era específica, delimitada, insuficiente. Tradicionalmente, as meninas não saiam da casa familiar, não se arriscavam sequer a transpor o umbral do gineceu – que era um lugar especificamente feminino dentro da casa. Por isso, seu treinamento se limitava a rudimentos de cozinha e tecelagem, ou mesmo a algumas noções de músicas e aritmética (MAZEL, 1998, p.4).

 

Da mesma forma, muitas dessas mulheres eram inexperientes em várias áreas da vida. Exemplo disso é a esposa de Isômaco. Ele testemunha no instante do casamento a falta de inabilidade de sua companheira: 

 

“Até os quinze anos ela viveu submetida a uma extrema vigilância a fim de que não visse, não ouvisse e não perguntasse quase nada. Que mais podia eu desejar: encontrar nela uma mulher que soubesse tecer, fiar a lã para fazer um manto, que tivesse aprendido a distribuir suas tarefas às fiéis criadas? Quanto a sobriedade, recebera excelente formação: ótima coisa, não é mesmo?” (Xenofonte, L’économique, VII, 5).

 

Podemos perceber que elas eram direcionadas a seguir um caminho de simplicidade quando o assunto era conhecimento. Principalmente em comparação a outros grupos femininos, como as hetairas. As hetairas eram mulheres que se envolviam com homens ricos, os acompanhava a banquetes e festas e possuía a arte da sedução. Essa sedução, sem dúvida, era arquitetada para conseguir o máximo de clientes. Além disso, como forma de atrair clientela, elas desenvolviam a erudição.

 

Já as melissas têm seus traços físicos descritos nos vasos áticos da seguinte maneira:

 

“Consideramos como um esposa bem-nascida na documentação imagética aquelas personagens femininas que apresentavam as seguintes características: estavam sempre representadas vestidas; seu tipo de vestimenta predominante era o chitón e o himátion de cores claras e normalmente plissadas; estavam sempre descalças; usavam os cabelos frequentemente presos atrás em forma de coque com fitas, grinaldas e diademas ou ainda podiam usá-los soltos com fitas amarradas no alto da cabeça ; seus cabelos eram sempre apresentados  em tom escuro; podiam postar acessórios. Suas peles eram sempre de cor clara; apareciam sempre sentadas numa cadeira de encosto elevado ou também de pé num plano igual ou superior ao dos demais personagens.” (LESSA, 2004, p. 117-118).

 

Diante disso, um perfil de mulher é consrtuído. Podemos agora visualizar através de nossa mente uma mulher delicada, controlada, inexperiente, sensível em seus traços, uma mulher ideal. De acordo com o dicionário Priberam ideal significa “que só existe na  ideia ou na imaginação, algo fantástico”, e é sobre isso que nascem as minhas indagações. Essas mulheres, tratadas mesmo que de forma superficial pelos livros didátivos, controladas,  ligadas ao oikos, sem liderança, eram realmente “o feminino grego”? Ou estamos de frente com um ideal de passividade que não representava toda a camada social feminina?

 

Uma crítica ao conceito

 

As mélissas é o perfil da mulher grega que por muito tempo foi propagado. Porém é necessário que se frise isso: existe um princípio de que os ideais culturais de uma sociedade não correspondem às suas práticas sociais (LESSA, 1997, p.115), e é exatamente por isso que nos direcionaremos nessa análise documental, para retomar um debate acerca desse molde feminino. Esse ideal de passividade se aplica, em poucos casos, apenas a figura da mulher gyné – as mulheres dos cidadãos - para qual foi direcionado esse modelo de comportamento regido pela ideologia masculina, que se baseava em “um conjunto de representações dos valores éticos e estéticos que norteiam o comportamento social” (LESSA,1997, p.113).

 

Daí percebe-se que durante todo o processo de construção dos papeis sociais dessas mulheres os homens usaram meios para propagar um modelo comportamental feminino. Fábio de Souza Lessa, ao debater sobre isso, nos apresenta duas exemplificações desses meios, o primeiro veículo de controle se concentra nos textos escritos e o segundo, na documentação imagética. 

 

Os postos femininos não eram uma realidade generalizante, afinal, a categoria mulher não é em si homogênea, antes elas “eram pessoas biologicamente femininas que se moviam dentro e fora de contextos e papéis diferentes, cuja experiência mudava, mas cuja essência – como mulher – não se alterava” (SCOTT, 1992, p. 82). Mesmo que definidas pelo sexo feminino, essas mulheres são mais do que um grupo que se adequou a um ideal, elas existem socialmente (TILLY, 1994, p. 20). Elas são diversas. Logo, as instituições sociais não as submeteram a um padrão de comportamento único. Pensar assim seria tomar “a convicção de que a mulher é apenas uma vítima de opressão o que subestimaria seriamente seu desenvolvimento histórico ativo” (HILL, 1995, p.12). 

 

No início do texto foi feita uma suposição de que a mélissa que conhecemos através dos livros didáticos não corresponde aos aspectos sociais. Primeiro, porque, ser mulher não é se encaixar numa categoria fechada, homogênea. Em segundo lugar, podemos questionar esse ideal através de algumas fontes. Por isso, no próximo tópico desse trabalho, analisaremos uma fonte textual e uma fonte imagética.

 

O “real” conceito: uma análise textual e imagética:

 

Na Atenas Clássica as mulheres eram tuteladas, por isso não tinham sua cidadania plena reconhecida, após o casamento, entretanto, elas passavam para uma nova jurisdição e seu status agora era de “esposa de cidadão” (CABALLERO, 1999, p. 125). Como resultado, por muito tempo excluiu-se as mulheres como sujeitos ativos, subjugando-as muitas vezes ao âmbito privado. Dessa forma “a palavra privado tinha o sentido, de ser privado de, daquele âmbito em que o homem, submetido às necessidades da natureza, buscava a sua utilidade no sentido de meios de sobrevivência” (FERRAZ JUNIOR, 1993, p. 27). Dessa forma o oîkos era o espaço privado feminino.

 

“Na nossa interpretação, o oîkos, local tradicionalmente de reclusão feminina, será entendido como o principal espaço privado para os gregos antigos, assumindo a concepção de uma “região protegida da vida”, de relações de intimidade familiar. De acordo com Aristóteles, o oîkos é constituído por uma família e por seus agregados (ARISTÓTELES, Política. I, 1253b, 1-9). Assim, é a menor constituição da pólis, composto pelo homem, mulher e escravos” (LACEY, 1972, p.15).

 

Porém, por conta das necessidades de manutenção desse espaço, coube as mulheres por muitas vezes, exercer sua presença e influência fora do oîkos. Desta forma, mesmo que a gama dos discursos atuais acerca do papel desempenhado pelas mulheres se fixem majoritariamente no lar isso não foi uma regra geral, era apenas um ideal grego (LESSA, 1997, p.119). Algumas informações, sobretudo em análises imagéticas, nos revelam a necessidade da mulher bem-nascida exercer atividades fora do espaço privado do lar. A seguir, a foto de um vaso de figuras vermelhas, nele o autor da pintura nos mostra a participação dessas mulheres no espaço externo do oîkos:                        

 


Localização: New York – The Metropolitan Museum of Art – inv. 07.28674. temática: Colheita de frutas. Proveniência: Não fornecida. Forma: Kratér. Estilo: Figuras. Vermelhas. Pintor: do pomar. Data: 460.

 

Essa imagem em particular nos permite ter um vislumbre do cotidiano do trabalho feminino nas tarefas domésticas que não se limitavam ao lar e adentravam no espaço público. Assim como foi salientado, o penteado, as características da roupa, o cesto de frutos, tudo isso pode ser usado pelo professor, a fim de construir uma outra narrativa em sala de aula, na qual os alunos seriam chamados a serem agentes de construção do processo de aprendizagem, desconstruindo esse modelo de mulher ligada ao privado. 

 

Para salientar a vida de “trabalho público” Brock, (1994, p.336) discute que se aceitarmos que as mulheres tomavam apenas atitudes de reclusão, chegaremos à conclusão de que estavam confinadas apenas ao oîkos. Porém, através da leitura imagética, podemos perceber que há outras formas de representações cotidianas, como observamos através de vasos áticos, que mostram mulheres que trabalharam na agricultura (LESSA, 2004, p.36).

 

“Segundo R. Brock, as contribuições das mulheres na agricultura ateniense têm sido concebidas como mínimas por dois motivos básicos: o primeiro consiste na força do ideal de reclusão feminina ou da separação entre um mundo interior feminino e um exterior masculino, enquanto o segundo diz respeito às poucas evidências apresentadas pela documentação.” (BROCK, p. 342)

 

É, entretanto, um assunto que necessita ser muito bem estudado. A afirmação de Brock favorece o ideal feminino, colocando-o como um agente de forte controle das atividades femininas fora da casa, mesmo que para procurar materiais para manutenção do lar, pois o mundo exterior é masculino. De fato, é um apontamento equivocado, porque, muito embora existam uma quantidade pequena de documentação – no total contamos com sete pinturas – a representação dessas mulheres, por exemplo, na colheita de frutos nos “revela a necessidade da esposa deixar o gineceu para a própria manutenção do seu oîkos” (LESSA, 2001, p.103) atuando, assim, no âmbito público. Sem contar com as aparições femininas na pólis, tanto em festas, como em tíasos de ensino, ou mesmo recitando em simpósios (CALAME, Claude. Op. cit., p. 150).

 

Assim, a partir dos estudos iconolátricos, pode-se contribuir para os novos debates acerca do conceito da mulher mélissa e sua reclusão ao oîkos e ao gineceu. Por outro lado, não há apenas evidências imagéticas. Para somar a nossa discussão, podemos perceber como a mélissa pode criar e agir em prol de seus sentimentos. Para isso, podemos observar a poetisa Safo de Lesbos. Safo de Lesbos foi uma poetisa grega, conhecida pelas poesias amorosas e por receber mulheres em seu tíaso e iniciá-las na arte do amor. A partir do momento que os estudos de gênero se popularizaram no meio acadêmico, pudemos conferir diversos trabalhos sobre essa personagem e sua relação amorosa com suas alunas (MATA, 2009; FONTES, 1994; GOMÉZ, 2017; BRASETE, 2003).

 

Por mais que ela seja tema de diversos trabalhos hoje em dia, já em seu tempo, conduzia sobre si fama pela sua erudição. Toda sua escrita tornou-a um expoente que reflete tanto a si mesma, quanto o contexto em que viveu. Sabe-se que, por ser de família aristocrática, Safo não apoiou os regimes tirânicos que tomaram conta do período arcaico, sendo em 590 AEC exilada na Sicília. Mas um dos aspectos mais marcantes desse período, o processo de orientalização, adentrou na sua compreensão de mundo e em como essa percepção foi expressa através de seus escritos.

 

Dessa forma, o que anteriormente designamos como funções de uma mélissa, não encaixa em nada com a trajetória dessa poetisa. Mesmo que sua classe social seja distinta em Lesbos e sua família conhecida, ela compôs, filiou-se ao grupo contrário as usurpações políticas e em suas composições observamos o enaltecimento do amor.

 

“Sinto que já não me queres, Átis, e para os [braços de Andrômeda] alças vôo[” / E há muito tempo eu já te amava, ó Átis” (SAFO, 2017, p.40)

“Dizem uns que exércitos e uns que barcos / e uns que carros sejam o ser mais / belo sobre a terra negra - por mim seria o ser que se ama.” (SAFO, 2017, p.55)

 

Com uma lírica carregada de metáforas e referências à deusa do amor, Afrodite, Safo contrasta com a passividade da mélissa. Talvez o leitor ainda não esteja muito convencido sobre Safo ser ou não um viés de interpretação do comportamento feminino na Grécia. Por isso, vamos traçar alguns paralelos que, em minha leitura de Safo, mostram sua face não mélissa. 1) Evidentemente, não seria comum em Atenas, uma mulher “protestar” contra uma forma de governo, como ela agiu em contraposição a líderes tirânicos. Como mencionado anteriormente, ela fez oposição ferrenha ao líder Pítaco, que chegou ao poder em 610 AEC. Outrossim, 2) Do que nos resta dessa poetisa, tudo nos mostra como ela transcende um papel até então não natural no território grego. Somamos a essa afirmação o fato de ter ensinado mulheres na arte da lírica. Além disso, 3) Ela não apenas ensinou, mas escreveu. Uma escrita carregada de temas sobre o mundo feminino, pelos quais ficou tão marcada atualmente.

 

Uma proposta didática para a abordagem desse tema em sala de aula

 

O conhecimento histórico durante muito tempo foi considerado apenas como uma construção acadêmica, da qual participava o pesquisador universitário, responsável por produzir a bibliografia que seria transmitida em sala de aula pelo professor. De acordo com Knauss (2019, p.17), isso criou uma hierarquia de conhecimento, afastando os historiadores que atuam em sala de aula da produção desse saber.

 

Já por volta de 1960 testemunhamos aqui no Brasil uma mudança enorme no conceito de didática, influenciada pela escola francesa e alemã, e nomes como o de Rusen. Essas transformações proporcionaram ver a didática da história, não como uma ponte que leva o conhecimento acadêmico para a sala de aula, mas como meios de compreender as formas, funções e usos da história na vida pública. Ou seja, o conhecimento é também construído dentro da escola. (SILVA, 2019).

 

Diante disso, já não há mais hierarquias entre quem produz ou não a historiografia. Pesquisadores, professores, alunos, pais, membros da escola, todos, de certa forma, são sujeitos e agentes desse novo fazer historiográfico. Pensando nisso, e na discussão que fiz a cerca tanto do conceito das melissas, quanto das fontes que mostram a quebra de um padrão, separei esse momento para trazer uma proposta didática de aplicação e construção desse conhecimento em sala de aula.

 

A proposta está baseada na habilidade EF06HI19 da Base nacional comum curricular. A partir dela tracei os objetivos, a metodologia, as fontes e recursos que serão necessários para a aplicação dessas duas aulas. E ao final, propus duas atividades que ajudarão na construção desse conhecimento junto com o aluno.

 



 

Conclusão

 

Assim, diante da exposição e debate dos aspectos que compõe as faces femininas das mulheres gregas, podemos voltar ao passado em busca de novas percepções sobre elas. Não apenas utilizando como ferramenta a literatura, mas fazendo uso também de vasos e das imagens que deles são extraídas. Sem dúvidas isso aproximará muito nossos alunos do assunto proposto. 

 

Vale ressaltar também que pode ser uma experiência riquíssima construir com os alunos essas percepções sobre o feminino, inserindo-os dentro da pesquisa e indagação historiográfica. 

 

Referências biográficas

 

Ana Maria Lucia do Nascimento, mestranda em História pela Universidade Federal Rural de Pernambuco. Pesquisadora do grupo de pesquisa Leitorado Antigo da Universidade de Pernambuco. Trabalho financiado pela FACEPE. Contato:anamarialuciadonascimento@gmail.com

 

Fontes

 

ARISTOTLE. Polítics. Trad. H. Rackham. Cambridge: The Loeb Classical, Library, 1990.

 

XENOFONTE. The Economist. Tradução de H. G. Dakyns. [S.l.]: [s.n.], 1998.

 

SAFO, Fragmentos completos. Trad.: Guilherme G. Flores, São Paulo, Editora 34, 1ª ed, 2017.

 

Referências bibliográficas

 

BROCK, R. “The Labour of Women in Classical Athens.” In: The Classical Quarterly. Oxford University Press, 1994, vol. XLIV.

 

CABALLERO, C. A Gênese da Exclusão: O Lugar da Mulher na Grécia Antiga, n.38,1999.

 

CALAME, Claude. Eros na Grécia Antiga. Editora Perspectiva, São Paulo, 2013.

FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão e dominação. São Paulo: Atlas, 1993.

 

HILL B., “Para onde vai a História da mulher? História da mulher e História Social – juntas ou separadas?” in: Varia História. Belo Horizonte, UFMG, 1995.

 

KNAUSS, Paulo. Conhecimento histórico acadêmico [verbete]. In: FERREIRA, M. M., OLIVEIRA, M. D. de. Dicionário de ensino de história. Rio de Janeiro: FGV, 2019, p. 47 – 49.

 

LACEY, W. K. The Family in Classical Greece. London: Thames and Hudson, 1972.

 

LESSA, F. S. O feminino em Atenas. Rio de Janeiro: Mauad, 2004.

 

____________. Mélissa do Gineceu À Ágora, Phoînx, Rio de Janeiro, 3, 1997.

 

____________. Mulheres de Atenas: mélissa do gineceu à agorá. Rio de Janeiro: Laboratório de História Antiga/iFCS/UFRJ, 2001.

 

MAZEL, Jacques. As metamorfoses de Eros: o amor na Grécia antiga. Martins Fontes,1988.

 

RICHTER, G.M.A. & HALL, L.F. Red-Figured Athenian Vases in the Metropolitan

Museum of Art. London/ New Haven: oxford University Press/ Yale University Press, 2 vols, 1936.

 

SCOTT, J. “História das mulheres.” In: BURKE, P. (org). A escrita da História. São Paulo: Edusp, 1992.

 

SILVA, Cristiani Bereta da. Conhecimento histórico escolar [verbete]. In: FERREIRA, M. M., OLIVEIRA, M. D. de. Dicionário de ensino de história. Rio de Janeiro: FGV, 2019, p. 50 – 54.

 

TILLY, Louise A. “Gênero, História das mulheres e História Social.” In: Cadernos Pagu: desacordos, desamores e diferenças. Campinas: PAGU/Unicamp, 1994, v. 4, 31.

4 comentários:

  1. Oii, gostaria de fazer uma pergunta:

    Sabemos que dentro da História o homem tem muito mais espaço do que a mulher. Na sua opinião, como seria essa inclusão? Qual seria a repercussão se a mulher tivesse o mesmo espaço nas temáticas apresentadas em salas de aulas?

    Ass: Jeovanna Graziely Xavier Vieira


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    1. Olá, Jeovanna.

      1. A inclusão acontece a partir da interferência do professor no processo de aprendizagem, isso é um fato. Pode acontecer através de novas ferramentas na construção desse conhecimento, uma fonte; uma imagem; um filme.

      2. Acredito que coma a inserção do feminino em sala de aula, vários benefícios surgiriam. Por exemplo, a diminuição da misoginia, da violência de gênero.

      Att,

      Ana Maria Lucia do Nascimento

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  2. Oie, colega adorei a sua pesquisa.
    Trabalho com tragédias gregas a 7 anos, entre graduação e mestrado, e acredito que o debate que as mulheres gregas possuiam na sociedade é completamente negligenciado. Assim, primeiramente indico para leitura a autora Nicole Loraux que eu seu livro intitulado Maneiras trágicas de matar uma mulher, deixa claro a diferença que existia entre as mulheres que faziam parte da sociedade e especificamente as representadas no teatro. Assim, o teatro se apresentava como uma forma de paideia/educação para os gregos que visualizavam nas representações mulheres fortes, discursivas, adulteras, assassinas e imponentes.
    Gostaria também de utilizar o seu plano de aula que ficou muito bom, e questioná-la se poderia se utilizar outras fontes além do vaso? Tragédias, comédias, poemas???

    Ass. Darcylene Domingues

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    1. Ola, DArcylene. Ótimo comentário, de fato.

      1. Obrigada pela indicação, conheço a obra, mas ainda não estudei-a.
      2. fico feliz que o plano lhe agradou. E sim, é possível utilizar outras fontes em sala. É justamente essa minha pesquisa agora no mestrado. É possível utilizar a poesia lírica, épica, as peças, os vasos, as moedas.. são inúmeras possibilidades.

      Att,

      Ana Maria Lucia do Nascimento

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